Como escolher um empréstimo?
Conheça as opções disponíveis no mercado, saiba o que levar em consideração ao escolher um empréstimo e evite dores de cabeça
22 de setembro de 2023
Como diversos produtos financeiros, o crédito evoluiu com o passar dos anos e há uma grande variedade de opções no mercado para diferentes perfis e realidades financeiras, mas como escolher um empréstimo em meio a tantas modalidades?
Para responder a esta pergunta, agrupamos os principais pontos a serem considerados na tomada de decisão: quando pedir um empréstimo, quais as principais modalidades, dicas para filtrar opções e cuidados na hora de contratar.
Quando um empréstimo vale a pena?
Um bom ponto de partida é ter em mente que, embora possa ser útil em diferentes contextos, um empréstimo é o uso de um dinheiro que não é seu. Isso significa que o valor usado deverá ser pago com juros.
De forma simplificada, é um recurso que exige o mínimo de organização financeira, para que o dinheiro usado no pagamento das parcelas não desequilibre o orçamento.
Por isso, o crédito é recomendado em situações de real necessidade, como a possibilidade de perda de um bem ou manutenções domésticas, conclusão de uma formação, quitação de dívidas com juros altos ou despesas médicas, por exemplo.
Leia mais: Vale a pena pegar empréstimo para quitar dívidas?
O que é melhor: empréstimo ou financiamento?
A resposta para a pergunta acima varia de acordo com a realidade financeira e os objetivos de cada pessoa.
Ao contrário do que possa parecer, não há uma alternativa que seja unânime para todas as pessoas.
E para descobrir qual é a opção mais adequada para você, é fundamental compreender as diferenças e particularidades de cada operação.
Enquanto no financiamento a instituição financeira compra um bem para você, que deve pagar o valor com acréscimo de juros, no empréstimo você terá o dinheiro depositado em conta e poderá usar como quiser.
Sendo assim, se o objetivo financeiro é comprar um imóvel ou automóvel, o financiamento pode ser considerado.
Leia mais: Sonho da casa própria: comprar ou financiar um imóvel?
Também é possível adquirir bens como esses a partir de um empréstimo, mas o recomendado é colocar na ponta do lápis os custos e as condições de cada operação, para então compreender qual delas é mais vantajosa.
Por outro lado, se o que você precisa é custear a realização de um sonho, bancar um imprevisto ou quitar dívidas mais caras, o empréstimo pode ser uma boa opção.
A boa notícia é que existem diferentes modalidades disponíveis no mercado e estar familiarizado com as principais pode te ajudar na busca pela melhor alternativa para o seu contexto.
Quais são os principais tipos de empréstimos?
Depois de analisar os motivos para a solicitação de um empréstimo e a possibilidade de bancar a despesa por um tempo limitado, o próximo passo é conhecer as opções disponíveis.
Assim, você poderá compreender qual apresenta o melhor custo-benefício para a sua vida financeira. Reunimos sete exemplos de empréstimos abaixo:
1. Antecipação do saque-aniversário
É um tipo de empréstimo com garantia feito a partir do saque-aniversário, uma modalidade do FGTS que possibilita o resgate anual de parte do saldo no Fundo.
Com a antecipação, você pode receber de uma única vez até dez parcelas. Ou seja, o valor que você receberia ao longo de dez anos.
Para isso, é preciso ter saldo em conta e aderir ao saque-aniversário, além de autorizar as instituições financeiras a consultarem seu FGTS.
Após a contratação, o valor adiantado fica reservado para o banco e não pode ser movimentado. O pagamento é feito anualmente, na quantia referente ao que já seria resgatado sem a antecipação.
Leia mais: Vale a pena pegar empréstimo para quitar dívidas?
Há outros tipos de antecipação, como a do salário, do décimo terceiro e a de restituição do imposto de renda, ambas com um funcionamento semelhante ao do saque-aniversário.
Em outras palavras, você adianta os valores que certamente receberia, com acréscimo de juros. E o pagamento é feito automaticamente na data em que o dinheiro seria pago.
Os empréstimos com garantia possuem taxas de juros reduzidas, especialmente quando comparadas com o rotativo do cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal, pois as chances de falha no pagamento são menores.
2. Cheque especial
Disponível nos bancos em que você é correntista, o cheque especial é um crédito pré-aprovado, ativado automaticamente quando você faz pagamentos no débito ou transferências bancárias sem dinheiro em conta ou em valores acima do saldo disponível.
Apesar da facilidade na ativação – que dispensa análise de histórico financeiro –, a taxa de juros do cheque especial é a segunda mais cara do mercado, de acordo com dados do Banco Central, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito.
A oferta de cheque especial leva em consideração a entrada mensal na conta-corrente e tempo de conta ativa.
3. Empréstimo com garantia de veículo
É uma variação do empréstimo por antecipação, em que no lugar de um dinheiro extra, um automóvel é incluído no contrato, como forma de assegurar o pagamento do valor emprestado.
Se por algum motivo não forem quitadas as prestações, o automóvel é transferido para a instituição financeira.
Em razão da precaução com o bem, as taxas de juros do empréstimo com garantia de veículo também estão entre as menores do mercado de crédito.
Outro diferencial é que, com esse formato, os valores liberados para empréstimo costumam ser mais altos, próximos ao valor do bem usado como garantia.
Porém, uma exigência comum nesse tipo de crédito é ter um bem quitado.
4. Empréstimo consignado
No consignado, o valor emprestado é pago de forma automática, em parcelas mensais, via desconto em folha.
Por meio de um vínculo entre a instituição financeira e o órgão pagador da remuneração mensal, as prestações são descontadas antes que o dinheiro caia em conta, de forma semelhante ao imposto de renda.
De certa forma, os ganhos mensais são usados como garantia do pagamento, motivo por trás das taxas de juros menores e da regra em que limita o crédito consignado a grupos com estabilidade de renda:
- Aposentados, pensionistas e pessoas que recebem BPC do INSS;
- Servidores públicos estaduais, federais e municipais e militares das Forças Armadas;
- Trabalhadores de empresas privadas conveniadas com bancos.
Cada uma das categorias possui um limite para quanto da remuneração ou benefício pode ser usado para quitar as parcelas do consignado, chamado de margem consignável.
Atualmente, o limite é de 35% para beneficiários do INSS e servidores públicos federais (com mais 5% para o cartão de crédito consignado e outros 5% para o cartão consignado de benefício).
Já a margem dos servidores estaduais e municipais são definidas por regras regionais, que devem ser consultadas.
E os trabalhadores de empresas privadas contam com um limite de 35% para empréstimo consignado e 5% para o cartão consignado de benefício.
A regra é clara: quem já utilizou toda a margem disponível fica impossibilitado de contratar novos empréstimos até a quitação completa de um ou mais contratos ativos.
Leia mais: Tudo o que você precisa saber para quitar empréstimo consignado
5. Empréstimo entre pessoas físicas
O empréstimo de pessoa para pessoa ou peer-to-peer-lending é regulamentado pelo Banco Central desde 2018 para empresas autorizadas.
Basicamente, é uma formalização do empréstimo para terceiros, sejam eles familiares, amigos ou conhecidos.
Dessa forma, para a pessoa que tem dinheiro para emprestar, é um tipo de investimento, já que o empréstimo tem a cobrança de juros. Com isso, ela receberá um acréscimo em relação ao dinheiro que emprestou.
E para pessoa que precisa do dinheiro, o funcionamento é semelhante a outros tipos de crédito, só que sem as etapas de avaliação, pois a negociação é feita entre as duas pessoas – o que torna as taxas, prazos e condições mais flexíveis.
Apesar disso, não há garantia de pagamento, o que encarece os juros da operação.
O empréstimo entre pessoas físicas está disponível no PicPay, que fica responsável por formalizar o acordo entre as duas partes e enviar os lembretes do pagamento das parcelas.
No momento, você pode emprestar entre R$ 100 e R$ 15 mil, o máximo permitido pelo Banco Central.
6. Empréstimo pessoal
É o empréstimo convencional, sem garantias ou valores pré-aprovados. Você pede dinheiro ao banco, que analisa seu histórico financeiro junto aos birôs de crédito para então liberar ou recusar a solicitação.
Em caso positivo, as prestações normalmente são pagas via boleto ou débito automático.
A ausência de garantias justifica os juros mais altos nessa modalidade de empréstimo. No mercado financeiro, as taxas de juros são proporcionais ao risco de falha no pagamento, como uma forma de reduzir os riscos de inadimplência.
Leia mais: É possível fazer um empréstimo pessoal online? Confira
7. Rotativo do cartão de crédito
Diferentemente dos anteriores, o rotativo do cartão de crédito não envolve a liberação de dinheiro.
Na realidade, o rotativo do cartão é referente aos valores já utilizados do cartão de crédito e é ativado quando você paga qualquer quantia abaixo do total da fatura.
Leia mais: Como funciona o pagamento mínimo do cartão de crédito?
A diferença entre o valor total e o que foi pago se torna um empréstimo, com cobrança de juros. Em muitos casos, existe a opção de parcelamento do dinheiro devido.
É importante destacar que as regras do rotativo autorizam apenas uma vez em 30 dias. Outro ponto de atenção é que, de acordo com informações do Banco Central, os juros dessa modalidade são os mais altos do mercado de crédito.
Como escolher um bom empréstimo?
Agora que você conhece melhor o mercado de crédito, chegou o momento de avaliar todas as alternativas e ponderar qual delas é mais adequada aos seus objetivos.
Para te ajudar nessa missão, reunimos algumas dicas:
1. Saiba quais opções estão disponíveis para você
Trouxemos sete opções de empréstimos na lista acima, mas é provável que apenas algumas delas estejam disponíveis para você.
Enquanto algumas dependem de estabilidade de renda, outras exigem um bem em seu nome, saldo no FGTS ou nome “limpo”.
O básico funciona: verifique para quais modalidades você cumpre os requisitos e anote o nome de cada uma.
2. Compare condições e valores
Com a lista em mãos, avalie as taxas, custo total, prazos, valores das parcelas e demais detalhes das operações.
Para isso, é de grande ajuda saber quais são as suas preferências e necessidades: prazos maiores ou menores? Taxas menores? Parcelas reduzidas? Contratação mais rápida? Isso vai te ajudar a refinar ainda mais a lista.
Talvez uma opção tenha um custo muito baixo, mas em contrapartida a contratação seja mais longa. E se seu objetivo for quitar uma dívida cara, por exemplo, os juros ficarão maiores nesse período.
Tenha sempre em mente os seus objetivos, contexto financeiro e preferências durante sua tomada de decisão.
3. Verifique seu orçamento
Por último, mas não menos importante: examine se você conseguirá absorver as prestações durante o prazo determinado.
As anotações também podem ser úteis nesta etapa. Some todos os seus gastos e ganhos mensais.
Feito isso, avalie se o valor das parcelas não pesará no orçamento. Ajustes podem ser considerados, mas lembre-se que o dinheiro para as despesas básicas (alimentação, moradia, transporte) jamais devem correr risco.
Leia mais: Planejamento financeiro pessoal: faça o seu em 5 passos
Onde fazer um empréstimo seguro?
Para evitar dores de cabeça, considere apenas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.
O site do órgão possui uma lista de instituições e correspondentes bancários com autorização para ofertar empréstimos.
Outra forma de verificar a segurança de um banco é a partir da consulta nas redes sociais, em busca do selo de verificação nos perfis.
Também é válido consultar páginas oficiais de avaliações, como Consumidor.gov e Reclame Aqui.
No mais, é importante ficar alerta diante de alguns sinais:
- Pedido de depósitos antecipados para liberação do empréstimo;
- Taxas muito abaixo do mercado, com promessas “boas demais para ser verdade”;
- Envio de contrato em branco para assinatura;
- Envio de links para download de aplicativos;
- Solicitações de envio de informações sensíveis (senhas e fotos de documentos) por canais não oficiais da instituição.
As situações acima são um forte indício de golpe. Para se proteger, não responda tentativas de contatos que apresentem esses padrões e as denuncie nas plataformas usadas para comunicação.
Leia mais: Como saber se uma instituição financeira é confiável?
Empréstimo no PicPay
Com o objetivo de se tornar o seu principal parceiro nas finanças, o aplicativo do PicPay oferece um ecossistema digital completo.
Em poucos cliques, você pode pedir um cartão de crédito, realizar transferências, fazer investimentos, guardar dinheiro para objetivos específicos com os Cofrinhos, fazer compras no PicPay Shop, parcelar pagamentos e pedir empréstimos.
Veja quais são as opções de crédito disponíveis no app:
- Antecipação do FGTS;
- Crédito com garantia de veículo;
- Empréstimo consignado;
- Empréstimo entre pessoas físicas (Peer to peer);
- Empréstimo pessoal.
Para simular ou contratar empréstimos, basta abrir o seu aplicativo e, na tela inicial, clicar em “Empréstimos”. Depois, selecione a opção de seu interesse e siga as instruções da tela para avançar aos próximos passos.
Agora que você já sabe o que levar em consideração ao escolher um empréstimo, acesse outros conteúdos exclusivos no Blog do PicPay com dicas para organização da sua vida financeira.