
Teto do INSS é um termo amplamente utilizado para se referir ao valor máximo que pode ser pago como benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
Neste artigo, explicaremos qual o teto do INSS, como ele é atualizado, quem tem direito e quais os passos necessários para atingir esse limite em sua aposentadoria.
Além disso, vamos abordar dicas práticas para se preparar financeiramente e garantir uma aposentadoria tranquila. Acompanhe.
O que é o teto do INSS?
O teto do INSS 2024 é o valor máximo pago pelo instituto aos segurados, independentemente do quanto contribuíram.
Para 2024, o teto foi fixado em R$ 7.786,02, após ajustes anuais realizados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2025, o valor ficou em R$ 8.157,40, equivalente ao INPC do ano anterior.
Assim, esse limite determina tanto o valor máximo dos benefícios quanto o cálculo das contribuições previdenciárias.
Como o teto é atualizado anualmente
A atualização do teto do INSS ocorre anualmente e está vinculada ao INPC, um índice que mede a inflação.
Desse modo, este ajuste – realizado pelo Governo Federal – busca garantir que o valor do teto acompanhe a variação do custo de vida, preservando o poder de compra dos beneficiários.
Quem tem direito ao teto do INSS?
Receber o teto do INSS só é possível para quem atende a critérios específicos. Entre os principais grupos que podem atingir esse valor estão trabalhadores formais que contribuíram com base no teto durante toda a carreira.
Isto é, contribuintes individuais ou facultativos que recolhem o valor máximo permitido ao longo dos anos laborais.
Além disso, segurados que tenham atingido o tempo mínimo de contribuição e optado por modalidades de aposentadoria que garantem 100% do benefício calculado também se enquadram nos critérios.
O cálculo considera todas as contribuições realizadas desde 1994, conforme a Reforma da Previdência de 2019.
Para atingir o teto, é necessário estar de acordo com um tempo de contribuição mínimo. Para homens, é necessário contribuir por 40 anos, enquanto, para mulheres, o período é de 35 anos para receber 100% da média salarial calculada.
Quanto maior o valor das suas contribuições, maior será o valor da sua aposentadoria. Para receber o teto do INSS, é necessário contribuir pelo valor máximo permitido ao longo da carreira.
Caso não seja viável atingir o teto, contribuições altas ainda podem ajudar a garantir uma aposentadoria com um valor próximo ao limite máximo do benefício.
Se houver dúvidas do seu histórico de contribuições, saiba que é possível consultar o CNIS – também conhecido como extrato previdenciário -, que traz um resumo completo da vida do contribuinte.
Veja também: Aprenda a consultar benefício INSS pelo CPF em poucos passos
Como calcular a aposentadoria com base no teto do INSS?
Para calcular a aposentadoria com base no teto do INSS, o primeiro passo é identificar a média das suas contribuições realizadas desde 1994.
Isso significa somar todas as contribuições feitas ao longo dos anos, corrigindo os valores de acordo com a inflação, e depois dividir essa soma pelo total de meses em que houve contribuição.
Após calcular a média, aplica-se a regra de cálculo estabelecida pela reforma da Previdência. A aposentadoria corresponde a 60% dessa média salarial.
Além disso, há um acréscimo de 2% por cada ano adicional de contribuição após atingir 15 anos para mulheres e 20 anos para homens, ou seja, quanto mais tempo de contribuição, maior será o percentual aplicado sobre a média salarial.
Por exemplo, uma mulher que tenha contribuído por 20 anos terá 60% da média salarial, com mais 10% de acréscimo (2% por ano após os 15 anos), totalizando 70% da média para o cálculo da aposentadoria.
Caso deseje, é possível simular a aposentadoria do INSS usando um simulador. Dessa forma, é fácil ter uma ideia do valor que receberá e da sua situação geral de maneira mais detalhada.
Veja também: Número do benefício INSS: aprenda a descobrir seu NB
O que fazer para receber o teto do INSS?
Para receber o teto do INSS, é necessário contribuir com o valor máximo durante toda a carreira e cumprir o tempo mínimo de contribuição exigido.
Além disso, é importante planejar a aposentadoria para modalidades que possibilitam o cálculo de 100% do benefício.
Essas modalidades incluem a aposentadoria por idade (que exige tanto o tempo mínimo de contribuição quanto a idade necessária) e a aposentadoria por tempo de contribuição (válida para quem já tinha direito antes da reforma de 2019).
Também existe a regra de transição do pedágio de 100%, destinada a quem estava perto de se aposentar, mas não cumpriu todos os requisitos.
Confira também: O que são os formulários do INSS? Veja lista completa
Nessa regra, o segurado deve cumprir um “pedágio”, ou seja, contribuir por um tempo adicional, que corresponde ao dobro do tempo faltante na data da reforma.
Por exemplo, se faltavam dois anos para a aposentadoria, será necessário contribuir por mais quatro anos para se aposentar com as condições anteriores.
Vale citar que, após a reforma, ficou mais difícil atingir o teto máximo. Isso porque no início da carreira os salários tendem a ser mais baixos, e todos são somados para compor o cálculo da aposentadoria.
Entretanto, é possível alcançar valores próximos ao teto com salários mais altos e contribuições maiores nos anos finais da carreira.
Leia mais: Meu INSS: aprenda a cadastrar e acessar os serviços [2025]
Contribuir regularmente
Contribuições frequentes e no valor mais próximo do máximo são fundamentais. Isso mantém o vínculo com o sistema e ajuda a alcançar o teto, ou perto dele, de forma mais consistente.
Veja também: Carta de concessão INSS: tire todas as suas dúvidas [2025]
Verificar a categoria de contribuição
Existem diferentes categorias com formas específicas de contribuição. Vamos entender mais sobre isso.
Leia também: Benefício de Prestação Continuada: veja o guia completo
Diferença entre contribuintes individuais, empregados e facultativos
Os empregados contribuem automaticamente para o INSS por meio da folha de pagamento, com as deduções feitas diretamente pelo empregador.
Já os contribuintes individuais, como autônomos, precisam calcular e recolher suas contribuições mensalmente, com base no valor de sua renda.
Os facultativos, por sua vez, são pessoas que contribuem de forma voluntária, geralmente sem vínculo formal de trabalho, como donas de casa, estagiários ou desempregados.
Veja mais: Atendimento do INSS: lista atualizada de canais e horários
Planejar a aposentadoria
Além das contribuições, é essencial organizar-se financeiramente para evitar surpresas. Estabeleça metas de longo prazo e revise periodicamente o planejamento.
Leia mais: Erros do INSS: veja os mais comuns e as principais causas
Dicas para se preparar financeiramente para a aposentadoria
Além de contribuir corretamente, preparar-se financeiramente é essencial. A seguir estão algumas sugestões.
Veja também: [Guia] Cartão magnético do INSS: saiba como ter e usar
Defina um objetivo de aposentadoria
Saiba quanto precisará para manter seu estilo de vida e defina um montante alvo para seus investimentos.
Leia mais: Guia completo sobre a carteira do beneficiário do INSS
Comece a poupar cedo
Quanto antes começar, maior será o montante acumulado, graças aos juros compostos.
Confira também: 6 causas para o benefício cessado e o que fazer
Estime suas despesas futuras
Projete gastos com saúde, moradia e lazer para evitar surpresas financeiras. Isso também deve incluir, se aplicável, o planejamento familiar.
Veja mais: Qual benefício do INSS posso receber? Guia 2024
Diversifique seus investimentos
Como já vimos, alcançar o teto com as novas regras é uma tarefa muito difícil. Portanto, além do INSS, invista em previdência privada, ações ou outros ativos que possam ajudar a complementar sua renda.
Leia mais: Carência do INSS: veja como funciona regra para ter benefícios
Crie uma reserva de emergência
Essa reserva pode cobrir imprevistos sem prejudicar seu planejamento financeiro. Ela servirá como um suporte em momentos difíceis e pode, inclusive, ser aplicada em um investimento com liquidez diária.
Confira também: Como agendar atendimento no INSS: veja todas as opções
Revise seu plano regularmente
Por fim, adapte seu planejamento conforme mudanças na renda, saúde ou outras necessidades.
Agora que você já sabe como funciona o teto do INSS e como se programar para a aposentadoria, siga no Blog PicPay para acompanhar mais dicas de planejamento financeiro.
