Todo mundo sabe que guardar dinheiro é importante. Mas que atire a primeira moeda quem nunca fez a pergunta: e agora, quanto devo guardar do meu salário?

Nem sempre é fácil saber se o valor que pensamos em poupar todo mês é compatível com o salário que recebemos. 

Para te ajudar nessa missão, selecionamos dicas que vão facilitar a organização das suas finanças e para que você consiga, sim, guardar parte do seu salário. 

Por que guardar parte do salário?

Guardar parte do salário significa fazer uma reserva financeira. E é esse dinheiro poupado que pode te salvar caso surja alguma emergência pelo meio do caminho ou mesmo caso você fique sem receber salários por um tempo. É a tal reserva de emergência. 

Para quem é autônomo ou MEI, isso também é essencial. Além de cobrir eventuais emergências, poupar parte do que recebe é uma maneira de se organizar financeiramente e se precaver para os meses de menor faturamento. 

Guardar parte do salário traz ainda um pouco de tranquilidade. Ter esse dinheiro reduz as chances de você precisar fazer dívidas para cobrir alguma situação financeira inesperada. 

Quer mais um motivo para investir na organização financeira e não gastar todo o seu salário? Com planejamento e esse investimento, você pode ficar mais próximo de conquistar seus objetivos, como o sonho da casa própria. Sem falar que isso evita que o dinheiro seja uma fonte de preocupação e ansiedade, como é para muitos brasileiros.

Quanto devo guardar do meu salário?

Vamos para a prática! Você deve estar se perguntando qual percentual deve guardar de seu salário. A verdade é que não existe uma resposta única porque isso depende da sua realidade financeira.

Pessoas que ganham um salário mais apertado podem gastar uma parte maior da sua renda com o aluguel, por exemplo. O importante é tentar poupar, ao menos um pouco. 

Para te ajudar, separamos três estratégias que podem guiar você na hora de organizar seu dinheiro e dividir o seu salário. Saiba mais!

Quanto devo guardar do meu salário? Conheça três métodos

3. Regra do 50-30-20

O método 50-30-20 indica que você separe o dinheiro em três partes:

  • 50% para gastos fixos;
  • 30% para custos que variam, relacionados ao estilo de vida;
  • 20% para guardar.

Nos gastos fixos entram contas que têm o mesmo valor todos os meses, como aluguel ou a escola dos filhos. Já os custos variáveis incluem desde o supermercado, já que o valor da compra pode mudar todo mês, às atividades de lazer, que você pode optar por fazer ou não. 

A divisão do salário com base na regra 50-30-20 ficaria assim: se você ganha R$ 4 mil, R$ 2 mil serão destinados aos gastos fixos, enquanto R$ 1,2 mil vão para os custos variáveis e, por fim, R$ 600 para economizar.

4. Regra do 50-15-35

A lógica de quanto economizar por mês aqui é similar ao método 50-30-20, só que, nesse caso, as proporções mudam um pouco. 

A regra 50-15-35 diz que o ideal é você usar 50% do salário para contas fixas, destinar 15% para as prioridades financeiras, incluindo o investimento, e deixar 35% para estilo de vida, que são as despesas com restaurante, delivery, academias, aulas particulares, cinema e outros serviços relacionados à diversão e bem-estar. 

Nesse caso, a porcentagem com diversão e custos variados é um pouco maior que na regra anterior. 

5. Regra dos 10%

Bem conhecido, esse método sugere guardar 10% do salário todos os meses. Assim, com um salário de R$ 4 mil, você deve economizar R$ 400 mensalmente.

Vale dizer que o método dos 10% apenas sugere quanto poupar por mês, mas não estabelece como você deveria dividir a sua renda entre custos fixos e variáveis.

Dá para economizar dinheiro sendo autônomo?

Já falamos sobre as principais estratégias para separar seu salário e guardar uma parte dele, mas o que fazer quando você é autônomo ou MEI (Microempreendedor Individual)? Saiba que dá para economizar mesmo não tendo um salário fixo como CLT. 

O primeiro passo é separar as finanças corporativas das contas de casa. Depois, é fundamental construir uma reserva financeira, caso ainda não tenha. Afinal, no trabalho autônomo, o retorno financeiro pode variar a cada mês e, como mencionamos no início, é importante se preparar para sazonalidades e imprevistos. 

Para definir quanto poupar da sua renda e criar essa reserva, o autônomo ou MEI pode fazer um cálculo simples. 

Para começar, saiba é qual a sua renda média. Para calculá-la, você deve somar a renda que teve nos últimos meses e dividir pelo número de meses. Quanto mais meses você considerar, mais certeiro será o cálculo.

Renda média calculada? Essa será a sua base. A partir disso, você pode optar por uma das regras que explicamos acima para alocar o orçamento e, então, decidir o quanto economizar.

Veja o exemplo: digamos que você trabalhe como prestador de serviços. Em um mês, você recebeu R$ 2.500. No mês seguinte, a renda foi de R$ 1.950. No terceiro mês, ganhou R$ 2.320.

Nesse cenário, somamos todos os ganhos, o que dá R$ 6.770, e dividimos por três meses. Então, a renda média é de R$ 2.256. Se você decidir poupar 10% do salário, o valor mensal a ser guardado seria R$ 225.

6 dicas para se organizar e guardar parte do salário todo mês

Agora você já sabe como calcular quanto do salário deve guardar, mas como se organizar para tornar isso um hábito?

Em primeiro lugar, é importante entender que os métodos acima sugerem que você poupe pelo menos 10% do seu salário. Mas isso não é possível para todo mundo. 

Segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado em agosto de 2022, 69% dos brasileiros não conseguem poupar dinheiro. 

Além disso, nessa parcela, 44% das pessoas apontam que quase sempre ficam apertadas. Elas dizem que são capazes de pagar as contas, mas não sobra para mais nada.

Essa situação com certeza é familiar, né? Pode não ser o seu caso, mas de alguém próximo a você. Seja como for, lembre-se que se organizar financeiramente é um processo e não acontece do dia para a noite. Mesmo assim, é possível.

E é muito importante que você saiba que guardar um pouco é melhor do que não economizar nada.

Se você quer começar a guardar parte do seu salário, selecionamos seis passos simples e práticos que podem te ajudar.

1. Faça planejamento financeiro

Fazer um planejamento financeiro simples, mas eficaz, é o que vai permitir que você organize seu orçamento e saiba quanto pode gastar em cada coisa para conseguir guardar a parte do salário que você deseja.

Além disso, é o momento de estruturar um plano para que as suas metas financeiras entrem no orçamento.

2. Crie metas

Por que você quer juntar dinheiro? Provavelmente você tem uma resposta, que pode ser fazer uma viagem, comprar uma casa, ter uma reserva financeira…

Ao saber os motivos que te levam a querer economizar, você vai poder definir com mais clareza quais são as suas metas. Elas vão te ajudar a se motivar e a tornar o processo mais significativo.

Para facilitar sua vida, confira nosso conteúdo sobre metas financeiras, que te mostra como defini-las e como alcançá-las.

3. Automatize a poupança

Automatizar a poupança é transferir automaticamente uma parte do dinheiro da conta corrente para a poupança. Isso pode ser programado para ser feito periodicamente. 

Essa pode ser uma alternativa para quem quer dar os primeiros passos. A poupança não costuma render como outros investimentos, mas já é um começo. 

4. Conte com a PicPay Invest

Você não precisa ter muito dinheiro nem ser um especialista em economia para começar a investir. A PicPay Invest nasceu com o propósito de facilitar o mundo dos investimentos, seja em renda fixa ou fundos de investimento.

5. Use os Cofrinhos do PicPay

Seu dinheiro guardado não precisa ficar apenas na poupança, pelo contrário. Você pode guardá-lo nos Cofrinhos do PicPay, onde ele fica separado do restante do salário e ainda rende 102% do CDI desde o primeiro dia.

E você também pode criar outros cofrinhos para as suas metas, definir prazos, retirar o dinheiro quando quiser e aproveitar o rendimento acima da poupança. 

Leia mais: Quanto rende 20 reais no PicPay ou outros valores?

6. Faça outros investimentos

Um bom investimento pode significar fazer o dinheiro render mais do que na poupança, especialmente em um cenário de inflação ou juros baixos. 

Existem diversas opções de investimentos, cada uma com diferentes níveis de risco, liquidez e potencial de retorno. 

Diante de tantas possibilidades, é importante estudar um pouco para entender qual o seu perfil de investidor e identificar as vantagens e desvantagens de cada um, de acordo com os seus objetivos. Para saber mais sobre investimentos e outras formas de fazer o seu salário render mais, continue acompanhando o Blog do PicPay.

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