O que é criptomoeda: guia completo sobre o investimento

Aprenda o que é criptomoeda, como funciona, quais são os principais exemplos e como investir em criptoativos de forma segura

16 de novembro de 2022 Atualizado em 23 de outubro de 2023

A operação de criptomoedas do PicPay está em pausa. Veja outras opções de investimento no app

Antes desconhecidas, as criptomoedas têm se tornado cada vez mais populares. Ainda assim, existem várias dúvidas sobre o que é criptomoeda e como funciona

Neste conteúdo, você vai aprender tudo sobre o universo cripto. Vamos abordar, entre outros pontos:

  • O que são criptomoedas e seus principais exemplos;
  • Como funcionam as criptomoedas;
  • Como ganhar dinheiro com criptomoedas;
  • Como comprar, investir e minerar criptomoedas;
  • Quais são as principais criptomoedas hoje.

O que é criptomoeda e como funciona? 

Criptomoeda é uma moeda digital descentralizada, ou seja, que não é controlada por alguma instituição como o Banco Central, em que as transações são feitas de ponta a ponta dentro de uma rede blockchain, protegidas por criptografia e sem precisar de alguma instituição financeira.

São muitos termos pouco conhecidos, não é mesmo? Pode parecer confuso, mas vamos abordar ponto por ponto para que você entenda de uma vez por todas o que é criptomoeda.

O que é criptomoeda? Veja as principais características

1. Moeda digital

Diferentemente de outras moedas, como o real, as criptomoedas existem apenas no ambiente virtual. Você não consegue sacar ou tocar em uma criptomoeda.

Além disso, as moedas digitais dependem da internet para serem transacionadas por uma rede blockchain (já, já vamos explicar o que isso quer dizer!). 

2. Descentralizada

Ainda utilizando o real como exemplo, o Banco Central é responsável por controlar a emissão da moeda brasileira, influenciando na inflação e no valor em comparação com o dólar, moeda referência no mundo.

Leia mais: O que provoca a queda ou alta do dólar?

No caso das criptomoedas, não há nenhuma instituição fazendo o controle. Portanto, o valor de uma criptomoeda é determinado pela chamada lei de oferta e demanda.

Na prática, uma criptomoeda se valoriza quando o ativo digital é mais procurado para compra do que para venda. Quando ocorre o oposto, a moeda perde valor.

3. De ponta a ponta

As transações de criptomoedas são peer-to-peer, ou de pessoa para pessoa, em português. Isso elimina a necessidade de uma instituição financeira no processo. 

Por exemplo: quando você transfere um real para uma pessoa, na realidade você está passando o dinheiro para o banco, que vai repassar o valor para a conta de destino. No caso das criptomoedas, a transação é feita de ponta a ponta, sem intermediação.

4. Dentro de uma rede blockchain

Como as criptomoedas podem ser transferidas de um lugar para o outro sem a necessidade de uma instituição financeira? A resposta está no blockchain.

Embora possa parecer a parte mais difícil de compreender, o blockchain nada mais é do que uma rede de computadores conectados que funciona como um cartório ou um livro de registros de todas as transações feitas. 

5. Protegidas por criptografia

Por fim, as criptomoedas são protegidas por criptografia, como o próprio nome já indica, garantindo ainda mais segurança.

Isso significa que os dados da transação e das pessoas envolvidas são codificados e só podem ser interpretados pelas máquinas da rede blockchain. 

Origem da criptomoeda: como surgiu?

O conceito de criptomoeda é antigo e foi descrito pela primeira vez em 1998 em um fórum cyberpunk, por Wei Dai.

Neste tipo de fórum, as pessoas já discutiam, desde o século passado, sobre novas formas de dinheiro que excluíssem a necessidade de uma autoridade central, utilizando criptografia.

Antes mesmo da primeira aparição do termo criptomoeda, na década de 1980, a empresa Digicash criou uma moeda digital que protegia as transações por meio de criptografia. 

Apesar desse contexto, apenas em 2008 surgiu um projeto que conseguiu colocar em prática o conceito de criptomoeda: o Bitcoin — que até hoje é a moeda digital mais conhecida e com maior valor de mercado.

O Bitcoin foi criado por Satoshi Nakamoto, um pseudônimo utilizado por uma pessoa ou um grupo que se mantém anônimo até hoje em dia.

Na época, Nakamoto enviou e-mails para vários contatos interessados em criptografia com o whitepaper do Bitcoin, que é o documento com as informações sobre o funcionamento da criptomoeda.

No resumo, o criador utiliza a seguinte justificativa para o desenvolvimento do Bitcoin:

“Uma versão puramente peer-to-peer de dinheiro eletrônico permitiria que pagamentos on-line fossem enviados diretamente de uma parte para outra, sem passar por uma instituição financeira.”

A moeda só foi lançada em 2010. Até o ano seguinte, em 2011, Nakamoto seguiu participando de discussões em fóruns específicos, mas deixou de aparecer desde então, e segue assim.

Existem várias teorias sobre quem seria Satoshi Nakamoto, porém nenhuma se confirmou com o passar dos anos.  

O que caracteriza uma criptomoeda como o Bitcoin?

O Bitcoin é o primeiro exemplo de uma criptomoeda na prática e é uma evolução de anos de trabalho de outros projetos, que por algum motivo não tiveram sucesso. 

A moeda digital reuniu as melhores práticas e tecnologias de vários autores diferentes em só lugar. 

O Bitcoin saiu do papel e se consolidou por conta de diversos motivos, com destaque para seis: escassez, descentralização, blockchain, segurança, mineração e praticidade.

1. Por que criptomoedas são escassas?

Um dos elementos que deram força para o Bitcoin foi o da escassez, da mesma maneira que o real e outros bens, como o ouro, por exemplo, são finitos. 

Foi desenvolvido um algoritmo para determinar a quantidade de moeda que seria produzida. Isso traz um senso de urgência para quem pensa em comprar.

O Bitcoin ainda não atingiu o limite de produção de 21 milhões de unidades. Segundo o site Coinmarketcap, que monitora todas as criptomoedas do mundo, existem pouco mais de 19 milhões de Bitcoins disponíveis hoje.

O ritmo de criação de novas unidades da moeda digital desacelerou porque o processo de mineração ficou mais complexo. Vamos falar mais sobre isso daqui a pouco.

2. Como as criptos são descentralizadas?

Antes do Bitcoin, as moedas digitais ficavam sujeitas à regulação e supervisão das autoridades monetárias dos países em que atuavam.

O sistema criado por Satoshi Nakamoto foi o primeiro a conseguir a tão sonhada descentralização e independência em relação a outras instituições financeiras.

Um ponto que contribuiu muito para o sucesso do Bitcoin é a questão da criptomoeda ser criada e distribuída de forma independente, sem intermediário, por meio da tecnologia blockchain.

3. O que é Blockchain?

Para entender o que é criptomoeda, é fundamental compreender também o que é blockchain e como funciona.

Como já falamos acima, o blockchain é uma rede onde todas as transações são feitas e registradas de forma segura. 

O conceito foi desenvolvido no próprio projeto do Bitcoin, já que o blockchain é a infraestrutura por trás da criptomoeda e que possibilita o funcionamento de forma descentralizada.  

Em resumo, é uma combinação de máquinas ligadas na rede, formando uma espécie de teia, com vários nós. Esses supercomputadores precisam trabalhar continuamente para fazer a validação das transações. 

Cada nó tem a função de resolver uma equação matemática. Quando o computador consegue solucionar, ganha uma fração de Bitcoin em troca. 

Toda vez que a máquina tenta validar uma equação e tem sucesso, é um moeda que está sendo transferida de um lugar para outro.

4. O que é mineração de criptomoedas?

Já ouviu falar sobre mineração de Bitcoin e tem dúvidas sobre o que é minerar criptomoedas? Entenda como é o processo.

Quando falamos no tópico acima que uma máquina da rede blockchain ganha uma fração de Bitcoin após conseguir resolver uma equação matemática, estamos falando exatamente de mineração.

Este conceito é conhecido como proof-of-work, ou mineração, em português, e foi criado com dois intuitos principais: conseguir atrair computadores para a rede e fazer a geração de novas moedas, sem a necessidade de uma instituição central.

A moeda precisa de uma rede. E qual foi a solução para construir essa rede? Quem construir um ponto, vai ganhar uma porcentagem como recompensa, toda vez que resolver um problema matemático e garantir a transação do ativo.

As equações têm se tornado cada vez mais complexas, então as máquinas utilizadas para mineração são supercomputadores, geralmente de grupos que trabalham apenas com isso.

5. Criptomoedas são seguras?

O blockchain também é peça fundamental para a segurança do Bitcoin e outras criptomoedas. 

Isso porque o processo de transação de uma moeda exige a participação de sete máquinas envolvidas na rede.

Para fazer uma transação completa de Bitcoin, são necessárias sete validações. A cada validação, é feita uma conferência se todas as validações anteriores foram feitas corretamente. 

Por isso, não é possível hackear um Bitcoin, por exemplo, já que existe o registro de todas as etapas.

Lembrando que os processos ainda são feitos por meio de criptografia, o que acrescenta mais uma camada de segurança.

6. É fácil comprar e vender criptomoedas?

Por fim, um dos fatores que contribuíram para o Bitcoin ganhar escala e atingir um patamar considerável, com transação entre pessoas, foi a praticidade.

Pelo fato de ser uma moeda independente, que só demanda internet, é possível fazer transações de qualquer parte do mundo e para qualquer lugar.

A ideia foi construir uma carteira digital que pode ser acessada de qualquer lugar do mundo. Tudo que o usuário precisa é uma caneta e um lápis para anotar a chave de acesso e um dispositivo conectado à internet.

Quais são os exemplos de criptomoedas?

Após o lançamento do Bitcoin, várias pessoas e empresas começaram a criar outras criptomoedas, também baseadas na tecnologia de forma distribuída.

A criptomoeda mais famosa depois do Bitcoin é o Ether, que usa a rede blockchain Ethereum. 

Basicamente, os criadores pegaram as melhores práticas do Bitcoin e criaram o Ether para ir além do potencial de criptomoeda. Com isso, surgiram outros casos de uso, como tokens baseados no dólar, no trigo, no ouro e etc.

Atualmente, existem mais de 21 mil criptomoedas no mundo, de acordo com dados do site Coinmarketcap. Juntas, elas totalizam quase US$ 1 trilhão em capitalização de mercado.

No fim deste conteúdo, você pode ver uma lista com as principais criptomoedas hoje em dia.

Qual é a semelhança entre criptomoedas e NFT?

Com a tecnologia do Ethereum, surgiram várias novas possibilidades para o mercado cripto, como já adiantamos.

Na prática, tem como criar um token para qualquer coisa, seja no ambiente físico ou digital, como tokens lastreados em outras moedas ou em grãos.

Outro caso de uso que já se tornou popular é o de tokens não repetíveis, os chamados NFTs, que ganharam força principalmente no meio artístico.

Falando sobre as criptomoedas, o PicPay acredita no potencial dessa tecnologia para descentralizar os pagamentos e outros serviços financeiros.

O PicPay quer permitir pagar com criptomoedas até no dia a dia, muito além dos investimentos.

Como ganhar dinheiro com criptomoedas?

O mercado de criptomoedas movimentou cerca de R$ 300 bilhões ao longo de 2021. Os dados são de um levantamento do Banco Central.

Mais de 10 milhões de brasileiros já estão investindo em cripto, fazendo o Brasil figurar entre os cinco países com mais investidores nesse mercado.

Isso mostra o interesse das pessoas em entender o que é criptomoeda e como ganhar dinheiro com esse tipo de ativo.

Em nosso conteúdo sobre criptomoedas promissoras, listamos as três maneiras possíveis:

  • Mineração de criptomoedas;
  • Investimento em fundos de índice de criptomoedas na bolsa de valores;
  • Compra direta de criptomoedas ou via corretora.

Como minerar criptomoedas?

Mais acima, te ensinamos o que é mineração de criptomoedas. Para recapitular de forma breve, a mineração é feita quando uma máquina envolvida na rede ganha uma fração da criptomoeda após conseguir resolver um problema matemático.

A questão é que diversos computadores disputam para solucionar a equação em menos tempo, sendo que apenas o primeiro recebe a recompensa.

Com a popularização das criptomoedas, o mercado de mineração passou a ser muito visado e o nível de competitividade aumentou muito.

Hoje as equações são super complexas e precisam ser resolvidas em pouquíssimo tempo. Então não é possível minerar criptomoedas do seu computador pessoal, por exemplo.

A mineração é feita praticamente apenas por empresas ou consórcios especializados nisso, por meio de supercomputadores.

Como comprar criptomoedas?

É preciso comprar criptomoedas de duas maneiras diferentes: diretamente com outra pessoa ou por meio de alguma corretora de criptomoedas, as chamadas exchanges. 

No primeiro caso, a compra, armazenamento e venda dos ativos é feita por meio de alguma carteira de criptomoedas.

O processo por corretoras é mais simples, sendo que é possível comprar até mesmo com o celular. 

Você sabia que tem como comprar criptomoedas pelo aplicativo do PicPay? É super fácil, você consegue investir a partir de R$ 1 e toda a experiência é dentro do próprio app.

Além do mais, uma das principais vantagens da corretora do PicPay é que não há taxas para transações de compra e venda de ativos acima de R$ 100.

A corretora do PicPay oferece dez opções de criptomoedas. Os ativos passaram por uma curadoria e foram selecionados porque são seguros e possuem casos de usos reais. 

  • Bitcoin (BTC);
  • Ethereum (ETH);
  • Pax Dollar (USDP), stablecoin lastreada em dólar;
  • Litecoin (LTC);
  • Polygon (MATIC);
  • Uniswap (UNI);
  • Chainlink (LINK);
  • Bitcoin Cash (BCH);
  • Aave (AAVE);
  • Solana (SOL).

Em breve serão adicionadas novas criptomoedas, então preste atenção nas comunicações para ficar sabendo das novidades em primeira mão.

Como vender criptomoedas?

Caso você queira descobrir como negociar criptomoedas, saiba que o processo é semelhante ao de comprar, mas com uma diferença: é necessário um intermediador.

Existem sites em que você consegue vender a sua reserva inteira ou parte dela para outras pessoas interessadas.

Na maioria das vezes, esses sites estão atrelados à corretoras, que conectam os vendedores e os compradores.

Se você já comprou a criptomoeda por alguma exchange, o processo se torna ainda mais fácil, já que as corretoras também oferecem a possibilidade de venda.

Por isso o PicPay é uma ótima opção tanto para comprar quanto para vender criptomoedas!

Além de compra e venda, existem outras opções para ganhar dinheiro com esse tipo de ativo. Veja abaixo.

Como investir em criptomoedas?

Se você quer saber como investir em Bitcoin ou em qualquer outra criptomoeda, vale esclarecer que você tem duas opções. 

A primeira é comprar uma criptomoeda e vender ela depois, como te ensinamos acima. Com isso, o seu dinheiro pode render à medida que o ativo se valoriza. 

A segunda é por meio da bolsa de valores. Nesse caso, o investimento é feito indiretamente por ETF de criptomoedas.

Resumidamente, ao invés de comprar uma criptomoeda, você compra cotas em um fundo de investimento atrelado ao preço de alguma moeda digital.

Na B3, a bolsa de valores brasileira, existem alternativas vinculadas ao valor Bitcoin, Ether e também ao mercado de criptomoedas como um todo, pelo Nasdaq Crypto Index (NCI).

Um assunto importante é que há incidência de imposto sobre criptomoedas. Então você deve declarar os seus rendimentos envolvendo esse tipo de investimento no Imposto de Renda (IRPF).

Investir em criptomoedas é seguro?

Do ponto de vista tecnológico, as criptomoedas são seguras, já que esse aspecto é um dos pilares do surgimento das moedas digitais.

Por outro lado, criptomoedas são consideradas um investimento de alto risco. Qual o motivo? A alta volatilidade desse tipo de ativo.

Como não são controladas por alguma autoridade central e variam de acordo com a lei da oferta e demanda, as criptomoedas podem se valorizar ou despencar de preço em pouco tempo.

Para você ter uma ideia, durante 2021 o valor do Bitcoin cresceu 62%, terminando o ano custando US$ 47 mil. Em dado momento de 2021, a moeda chegou a valer mais de US$ 65 mil. 

Em 2022, o Bitcoin e praticamente todas as outras criptomoedas passaram por uma grande desvalorização. Apenas o preço do Bitcoin caiu cerca de 65%.

No começo de 2023, o cenário mudou, e o Bitcoin terminou janeiro com alta de 38%, o que representou a melhor performance já vista em janeiro desde 2013.

Então as criptomoedas são indicadas para investidores mais arrojados. Isso não significa que você também não pode entrar nesse universo mesmo caso seja mais conservador, com investimentos menores.

Quer entender mais sobre este assunto? Confira se investir em criptomoedas é seguro e veja riscos e oportunidades

Qual criptomoeda comprar hoje?

São vários os fatores que devem ser levados em consideração antes de escolher qual criptomoeda comprar.

Avalie pontos como: situação do mercado, proposta de valor da criptomoeda, quem está por trás e como o preço dela tem variado nos últimos tempos.

Além disso, tome cuidado com possíveis golpes financeiros envolvendo compra e investimento em criptoativos. 

Desconfie de ofertas tentadoras demais e dê preferência para instituições conhecidas e confiáveis.

Leia mais: Como saber se uma instituição financeira é confiável?

Principais criptomoedas em 2023

Para te ajudar na hora da escolha, principalmente se você está em busca de criptomoedas para iniciantes, veja abaixo quais são as dez moedas digitais com maior valor de mercado em janeiro de 2023:

MoedaSiglaValor de mercado aproximadoValor de cada token aproximado
BitcoinBTCUS$ 446 bilhõesUS$ 23 mil
EthereumETHUS$ 194 bilhõesUS$ 1,5 mil
TetherUSDTUS$ 67 bilhõesUS$ 1,00
BNBBNBUS$ 49 bilhõesUS$ 312
USD CoinUSDCUS$ 42 bilhõesUS$ 1,00
XRPXRPUS$ 20 bilhõesUS$ 0,40
Binance USDBUSDUS$ 15 bilhõesUS$ 1,00
CardanoADAUS$ 13 bilhõesUS$ 0,38
DogecoinDOGEUS$ 12 bilhõesUS$ 0,09
PolygonMATICUS$ 9 bilhõesUS$ 1,12
Fonte: CoinMarketCap em janeiro de 2023

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