Como saber meu perfil de investidor?

Entender qual é o seu perfil de investidor é fundamental para que possa escolher onde e como investir de forma apropriada

6 de julho de 2023

O primeiro passo que deve ser dado por qualquer pessoa interessada em começar a investir é definir o próprio perfil de investidor.

Essa escolha fará você tomar melhores decisões.  São definições que te permitirão fazer aplicações de acordo com o seu momento de vida, além de interesses econômicos.

Sem isso, a chance de você cometer erros graves e encarar consequências indesejadas é grande, já que existem muitas variáveis entre os três principais tipos de perfil de investidor.

Quer entender mais sobre o assunto? Acompanhe este conteúdo e veja como fazer investimentos a partir da definição de um perfil pode ser algo simples.

O que é perfil de investidor?

O conceito de perfil de investidor é, basicamente, a tolerância ao risco que uma pessoa interessada em aplicar o seu dinheiro possui.

Ou seja, dependendo do quanto você estiver disposto a correr mais ou menos riscos, será vinculado a um tipo de perfil.

Outros fatores que podem compor um perfil destinado aos investimentos são os seus objetivos, a finalidade dos investimentos, o grau de conhecimento do mercado financeiro e a quantidade de tempo que deseja manter o dinheiro aplicado.

A definição do perfil em uma relação com corretores de investimento não é só recomendável, como também obrigatória.

Segundo a Instrução nº 539/13 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a definição de perfil é exigida para que você tenha conhecimento de qual categoria de produtos e serviços ofertados fará parte.

O enquadramento é feito por meio de uma gama de perguntas conhecida como suitability.. 

Os questionário feito pelos agentes financeiros de corretoras no momento do primeiro contato com o cliente, antes mesmo de qualquer oficialização de contrato ou envio de dinheiro.

O suitability estabelece pontos de acordo com as respostas e que serão o fio condutor do tipo de perfil que será vinculado.

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Como funciona o suitability?

O questionário básico aplicado por corretoras a novos investidores é composto por diversas perguntas e, de modo geral, costuma ser bastante amplo.

Conheça alguns dos temas que podem ser abordados:

1. Idade

A primeira pergunta costuma ser sobre a sua idade, já que ela é determinante para traçar os seus planos em curto, médio e longo prazo.

2. Situação financeira 

Você deverá informar quanto pretende investir em um primeiro momento, qual a sua renda mensal e quais são os planos para novos aportes. Tudo isso poderá fazer grande diferença na hora da escolha do tipo de produto de investimento.

3. Objetivos

A proposta é que você possa informar minimamente o que pretende fazer com aquele dinheiro que está sendo aplicado. 

Se não tiver algo claro, pode ser para a aposentadoria, compra de um imóvel ou carro, pagar a faculdade dos filhos e etc.

4. Horizonte de investimentos 

Trata-se da definição de quanto tempo pretende deixar o seu dinheiro aplicado. É uma informação que pode cruzar com os objetivos, já que, dependendo do caso, são complementares.

5. Investimentos anteriores

Caso já tenha realizado outros investimentos ao longo da vida, é importante que o corretor conheça em detalhes o que foi feito e quais foram os retornos disso – sejam eles positivos ou negativos.

6. Conhecimento de mercado

Ninguém é obrigado a entender de mercado financeiro para fazer investimentos, e por isso existem as corretoras e os agentes especializados. Mas, de qualquer forma, é importante que você informe o quanto entende desse nicho.

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7. Liquidez esperada

Uma das perguntas que você pode fazer às corretoras é: mas quando vou receber meu dinheiro? 

Isso depende da liquidez definida. Pode tanto ser ao final do tempo de cada investimento ou de forma mensal, de acordo com as suas próprias definições.

Existem, inclusive, opções de investimento com liquidez diária, ideais para reservas de emergência ou outras aplicações em que você possa precisar do dinheiro imediatamente.

É o caso dos Cofrinhos do PicPay, em que o seu dinheiro rende em todos os dias úteis 102% do CDI e você pode resgatar quando quiser.

Leia mais: Quanto rende 20 reais no PicPay ou outros valores?

8. Apetite ao risco 

Especialmente no caso de perfis que tendem a fazer investimentos mais arriscados, o quanto você está preparado para enfrentar potenciais perdas financeiras? 

Caso não esteja, o agente possivelmente irá sugerir que seja um pouco mais moderado nas escolhas.

Por que conhecer o seu perfil de investidor é importante?

O mundo dos investimentos pode apresentar diversos caminhos.

Por isso, é fundamental que você saiba qual é o seu perfil e como você poderá trabalhar isso junto ao profissional de uma corretora financeira.

As conversas entre você e esses corretores devem ser amplas e passar pelo suitability, o questionário de perguntas básicas apresentado acima.

Quais são os 3 perfis dos investidores?

Apesar de algumas corretoras destrincharem perfis em outras subcategorias, as três principais escolhas para o investidor são: conservador, moderado ou agressivo.

É a partir dessas três alternativas que todas as aplicações serão feitas, então é importante que você seja bastante claro e tenha certeza se aquele formato de investimento é o que mais te agrada.

Mas, afinal, o que é uma pessoa com perfil conservador? E moderado? E agressivo? Confira abaixo para saber um pouco mais sobre cada uma dessas opções:

1. Conservador

É um perfil marcado pela aversão ao risco. As pessoas aqui classificadas preferem investimentos mais seguros, com retorno certo e grande liquidez, mesmo que isso os condicione a ativos com menor rentabilidade.

Os produtos mais buscados são renda fixa e títulos de capitalização, que possuem baixa volatilidade.

2. Moderado

Os clientes considerados moderados costumam buscar um equilíbrio maior entre segurança e retorno, mesclando investimentos em renda fixa e variável. A ideia é maximizar os lucros, mas sem correr grandes riscos. 

São marcadas pessoas com este perfil por carteiras diversificadas, compostas por CDBs, Tesouro Direto e Previdência Privada.

3. Agressivo

Ao contrário dos conservadores, os investidores agressivos estão dispostos a correr riscos para aumentar o próprio patrimônio. Se você pensa em escolher esta opção, saiba que pode precisar lidar com perdas temporárias e não se abalar com isso.

Esse tipo de investidor atua principalmente na área de mercado de capitais e costuma investir em ações e fundos de investimentos de maior risco e volatilidade, almejando retorno financeiro elevado.

O que é Análise do Perfil do Investidor?

A Análise do Perfil do Investidor (API), assim como a suitability, conceito apresentado anteriormente, serve para dar mais informações às instituições financeiras, sejam elas corretoras ou bancos, do perfil do novo investidor.

Nos dois casos, o objetivo é adequar aos clientes o melhor tipo de produto, de acordo com os dados informados. 

Trata-se de questionários elaborados pelas empresas e que abordam temas como tolerância ao risco, experiência e restrições de liquidez e tempo de aplicação.

É a partir dessas respostas que você será alocado em uma das categorias de perfil de investimento – conservador, moderado ou agressivo.

Quais fatores influenciam o perfil de investidor?

Ao decidir entrar para o mundo dos investimentos, corretoras e agentes financeiros precisarão traçar um perfil para que as aplicações sejam assertivas e correspondam ao que você deseja fazer com o seu dinheiro.

Tanto API como suitability são ferramentas utilizadas para isso e costumam abordar alguns tópicos, que são justamente os fatores que mais influenciam o perfil dos investidores.

Veja quais são:

  • Nível de aversão ao risco;
  • Experiência e conhecimento em investimentos;
  • Objetivo do investimento;
  • Renda mensal disponível para investir;
  • Histórico de desempenho em investimentos anteriores;
  • Familiaridade com diferentes tipos de produtos de investimentos;
  • Valor patrimonial;
  • Resiliência (quanto aguenta perder sem se desesperar, por exemplo).

O perfil de investidor pode mudar?

Sim, é possível.

Ao longo dos anos, mudanças do próprio patamar financeiro ou mesmo de desejo de mais ou menos riscos podem fazer com que você tenha que mudar seus hábitos e perfil de investimentos.

O ideal é que isso seja informado com algum tempo de antecedência para sua corretora, fazendo com que a transição seja feita de forma mais fluida e garantindo que os valores aplicados não serão depreciados.

De qualquer forma, os testes de perfil costumam ser aplicados a cada dois anos, o que garante que novas avaliações sejam feitas com mínima constância.

Em muitos casos, os investidores que decidem começar como conservadores migram para um perfil mais moderado. 

Isso acontece por buscar rendimentos maiores e que ainda tenham bastante segurança, aliado à maior confiança de mercado e entendimento dos processos junto às corretoras.

Como se tornar um investidor?

Para ter sucesso no mundo dos investimentos e não se frustrar com rendimentos menores do que o esperado, é fundamental que você converse com um corretor para entender tudo o que irá acontecer com o seu dinheiro a curto, médio e longo prazo.

Existem várias outras ações que poderá tomar além de definir o seu perfil de investidor. Confira:

1. Primeira aplicação 

Você precisa saber quanto irá aplicar de dinheiro de imediato. Assim, o corretor poderá elaborar uma estratégia diversificada e baseada no quanto de recursos terá disponível. 

Não há necessidade dos valores serem altos. Neste momento, começar é o mais importante.

2. Novos aportes

Uma vez inserido no mercado financeiro, você poderá se programar para fazer novos aportes. Se conseguir manter uma constância, melhor ainda. 

Por exemplo, você pode informar ao seu corretor que enviará mensalmente determinado valor fixo. Assim, ele poderá programar novas investidas em ativos rentáveis.

3. Ajuste de orçamento

Para começar a investir, é muito importante organizar o orçamento. Incluir um valor mensal para investimentos e tratar isso como rotina poderá fazer toda a diferença a longo prazo.

4. Objetivo

Você não precisa ter um único objetivo para investir seu dinheiro, mas, caso tenha, é importante que o corretor saiba. Se deseja comprar um carro em dois anos, por exemplo, é possível montar uma estratégia baseada nisso.

5. Estudar sobre o assunto

Por mais que existam muitas empresas competentes e especializadas para cuidar do seu dinheiro, é interessante também que consiga se inserir cada vez mais no mercado financeiro e entender sobre todos os processos e variações do setor.

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