
“Não tenho como pagar minhas dívidas, e agora?”. Se você já se viu nessa situação, saiba que, atualmente, essa é a realidade de mais da metade dos brasileiros.
De acordo com um levantamento feito em 27 capitais, com a participação de 18 mil famílias, 77% delas têm algum tipo de dívida, como contas pendentes ou financiamentos imobiliários.
O estudo – feito em julho de 2024, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) – ainda revela que 29% das famílias têm contas em atraso, sendo que até 13% delas não têm condições ou perspectivas de quitar os débitos.
Se você também enfrenta dificuldades para quitar suas pendências, saiba que existem caminhos para reorganizar as finanças, renegociar dívidas e retomar o controle da sua vida financeira.
Neste artigo, exploraremos os tipos de dívidas, estratégias para priorizá-las e as opções de renegociação disponíveis – incluindo ferramentas do PicPay que podem facilitar este processo. Acompanhe.
Dívidas: quais os tipos
Entender as origens e características das suas dívidas é crucial para criar um plano eficiente de quitação. Veja os tipos mais comuns e como lidar com eles.
Amigos e familiares
Dever a pessoas próximas pode ser desconfortável. Se você pediu, por exemplo, R$ 1.000 emprestados a um amigo, explique sua situação e combine um pagamento parcelado, como R$ 100 mensais. Transparência e boa comunicação são essenciais para evitar conflitos.
Cartão de crédito
As dívidas de cartão de crédito podem acarretar juros que ultrapassam 400% ao ano, se transformando em uma verdadeira bola de neve.
Por isso, se a sua fatura acumulou, procure a administradora do cartão para negociar o parcelamento com taxas menores. Transformar uma dívida de R$ 3.000 em parcelas fixas de R$ 350, por exemplo, pode ser uma saída viável.
Veja mais: Passo a passo: como sair das dívidas do cartão de crédito
Cheque especial
Esse tipo de dívida cresce rapidamente devido aos altos juros – que podem chegar a até 8% ao mês. Negocie com o banco para trocar o saldo negativo por um empréstimo com melhores condições.
Um débito de R$ 1.500 no cheque especial pode ser transformado em um crédito pessoal com parcelas fixas mais acessíveis.
Veja mais: Qual o melhor empréstimo para pagar dívidas?
Dívidas de serviços públicos
Pendências de água, luz ou gás podem levar à interrupção do fornecimento. Mas empresas como Sabesp ou Enel oferecem a possibilidade de parcelamentos, permitindo que dívidas de R$ 800 sejam quitadas em até 10 vezes, sem juros.
Dívidas estudantis
Se você possui dívidas relacionadas a financiamentos estudantis, como o FIES, saiba que muitas instituições oferecem opções de renegociação, como prazos maiores e até descontos.
Para verificar as possibilidades, o primeiro passo é consultar o site da instituição financeira responsável pelo seu financiamento, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal ou ainda a própria plataforma do FIES.
Geralmente as renegociações podem ser feitas diretamente nesses portais e sites.
Empréstimos
Créditos pessoais ou consignados, entre outros, também podem ser renegociados diretamente com o banco.
Se as parcelas de R$ 600 de um empréstimo estão pesadas, negociar uma redução das parcelas e aumentar o prazo podem ser boas soluções.
Leia também: Vale a pena pegar empréstimo para quitar dívidas?
Financiamentos
Pendências em financiamentos de imóveis ou veículos podem levar à perda do bem, com penhora e apreensão.
Portanto, refinanciar o contrato e ajustar parcelas pode garantir mais tranquilidade, mesmo que isso aumente o tempo de pagamento e os juros.
Impostos atrasados
Dívidas de IPTU ou IPVA podem ser renegociadas com descontos em multas e juros por meio de programas como o Refis (Programa de Recuperação Fiscal).
O programa permite, por exemplo, que o contribuinte parcele a dívida com condições mais favoráveis, como redução de encargos, o que facilita o pagamento total.
Leia mais: Como se organizar financeiramente após renegociar dívidas
Não tenho como pagar minhas dívidas, e agora?
Quando os recursos não cobrem as pendências, é fundamental tomar medidas práticas para superar a crise financeira.
Avalie o cenário atual
Antes de tomar qualquer decisão, é essencial entender sua situação financeira com clareza.
Para isso, comece listando todas as dívidas que você possui, anotando os valores totais, os prazos de vencimento e as taxas de juros aplicáveis.
Essa análise detalhada vai te ajudar a visualizar quais dívidas precisam de atenção imediata e quais podem ser renegociadas ou parceladas.
Por exemplo, imagine que você tenha as seguintes pendências:
- cartão de crédito: R$ 2.000, com a cobrança de juros altos;
- conta de luz: R$ 300, vencida há 2 meses e podendo causar corte no fornecimento.
Ao organizar essas informações, você consegue identificar que a conta de luz deve ser priorizada, pois o não pagamento pode gerar impacto direto no seu dia a dia.
Já a dívida do cartão de crédito pode ser renegociada para reduzir o valor das parcelas.
Essa visão geral também permite enxergar oportunidades de economia e definir estratégias para lidar com cada dívida de forma mais eficiente, como amortizar parte delas para diminuir as parcelas.
Lembre-se de que, ao analisar as opções de renegociação, é importante sempre buscar as condições com os menores custos totais e parcelas que caibam no seu orçamento, garantindo que você consiga honrar os compromissos assumidos.
Leia mais: Como fazer uma renegociação de dívidas?
Entenda os tipos de dívidas
Compreender o impacto dos juros em cada tipo de dívida é essencial para organizar as finanças.
Como citado anteriormente, dívidas de serviços essenciais como luz, água e internet, geralmente não acumulam juros altos, mas atrasos podem gerar multas e suspensão dos serviços, tornando-as prioritárias.
No caso de dívidas financeiras, como cartão de crédito e cheque especial, os juros são os maiores vilões, pois crescem rapidamente. Essas devem ser renegociadas o quanto antes, sempre buscando as condições com os menores encargos possíveis.
Dívidas de longo prazo, como financiamentos de imóveis ou veículos, costumam ter juros mais baixos e previsíveis, mas ainda assim podem se tornar problemáticas em caso de atrasos, com a aplicação de multas e juros adicionais, e até a perda do bem.
Entender os juros envolvidos em cada dívida ajuda a determinar quais devem ser pagas ou renegociadas primeiro, reduzindo os custos totais e preservando seu orçamento.
Fixe as prioridades de quitação
Foque nas dívidas que podem gerar cortes de serviços essenciais ou juros altos.
Por exemplo, priorize o pagamento de R$ 300 da conta de luz antes de negociar os R$ 2.000 do cartão.
Crie um orçamento
Elabore um planejamento que permita cortar despesas não essenciais e direcionar recursos para as dívidas. Trocar jantares em restaurantes por refeições em casa, por exemplo, pode gerar economia imediata.
Renegocie as dívidas com parcelas que cabem no orçamento
Negocie diretamente com credores para ajustar condições. Transformar um saldo de R$ 1.500 em 10 parcelas de R$ 150 pode aliviar seu orçamento.
No entanto, sempre considere o seu orçamento para fechar o novo acordo. Leve em conta o valor gasto e faça um bom planejamento financeiro para não acabar em inadimplência novamente.
Aproveite mutirões de renegociação
Mutirões de renegociação de dívidas, como os promovidos pelo Serasa ou Procon, são ótimas oportunidades para quem busca descontos significativos, que podem chegar a 90%.
Esses eventos permitem que você negocie diretamente com os credores, ajustando o pagamento às suas condições.
No Serasa Limpa Nome, por exemplo, é possível consultar dívidas no site ou aplicativo e fechar acordos.
Além disso, alguns bancos e prefeituras organizam campanhas próprias, abrangendo dívidas como impostos municipais e financiamentos.
Fique atento às datas desses mutirões, que ocorrem tanto presencialmente quanto online, e aproveite para reduzir suas pendências financeiras de maneira prática e vantajosa.
Leia mais: Nome sujo? Aprenda como evitar e sair das dívidas
Procure assessoria ou apoio jurídico
Se você tiver dificuldades para negociar suas dívidas, buscar ajuda de Procons ou advogados especializados pode ser válido.
Esses profissionais ajudam a entender seus direitos, avaliar propostas e até intermediar negociações.
Além disso, podem identificar cobranças indevidas ou cláusulas abusivas. Muitas vezes, esse apoio é gratuito ou de baixo custo, sendo uma boa opção quando a situação é complexa e/ou envolve grandes dívidas.
Leia mais: Como quitar dívidas ganhando pouco em 5 passos
Renegocie suas dívidas com o PicPay
O PicPay oferece soluções práticas para quem não tem como pagar suas dívidas e precisa reorganizar as finanças.
Entenda como renegociar.
- Acesse o portal de Renegociação do PicPay (https://renegociacao.picpay.com/) com seu CPF e data de nascimento;
- Clique em “Acessar” e, depois, em Renegociar dívidas;
- Escolha uma oferta que se encaixe no seu orçamento e finalize o acordo.
Após o pagamento inicial, seu nome será retirado dos órgãos de proteção ao crédito em até 5 dias úteis. Os valores e condições variam de acordo com a dívida.
Além disso, o PicPay aderiu ao Desenrola Brasil, programa que ajuda a quitar pequenas dívidas e retirar o nome da lista de negativados, e contempla pessoas de diferentes faixas de renda.
Agora você já conhece um leque de alternativas para recorrer quando se vir na situação de “não tenho como pagar minhas dívidas”. Continue no Blog PicPay e veja mais conteúdos como este.
