Golpe do Pix: conheça os 16 principais e saiba o que fazer

Entenda como acontece o golpe do Pix e formas de evitá-lo. Caso tenha sido vítima de uma fraude, veja como agir e se é possível recuperar o dinheiro

8 de novembro de 2022 Atualizado em 28 de agosto de 2023

O Pix caiu no gosto do brasileiro. Ao mesmo tempo que se tornou popular muito rápido, logo foi possível perceber outro lado: surgiu o golpe do Pix, praticado por criminosos que se apropriam dessa forma de transferência rápida, instantânea e segura para enganar vítimas.

Mas você sabe como reconhecer um golpe do Pix e o que fazer se for vítima desse tipo de fraude? Não se preocupe, vamos explicar tudo neste artigo. Olha só!

Como funciona o Pix?

O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central e lançado em novembro de 2020. Na prática, ele permite fazer transferências e pagamentos em poucos segundos. 

E uma grande vantagem é que ele não “fecha” nunca, ou seja, é possível fazer transferências 24 horas por dia, em todos os dias do ano, inclusive nos fins de semana e feriados.

Além de ser instantâneo e estar sempre disponível, o Pix ainda é gratuito para o usuário pessoa física. Dos clientes pessoa jurídica — as empresas —, os bancos têm liberdade para decidir se cobram tarifa ou não.

Foi uma enorme evolução para todos. O pagamento por boletos, por exemplo, podem levar alguns dias para serem compensados. 

DOCs e TEDs são mais rápidos do que os boletos, mas costumam ter custo e pesar no bolso dos consumidores. Além disso, no caso do DOC, o dinheiro leva um dia útil para entrar na conta. 

Já na TED o valor entra no mesmo dia, mas apenas se a transferência for feita até um certo horário. Depois disso, só no dia útil seguinte. Por fim, nenhum desses meios operava nos fins de semana e feriado.

Para poder fazer e receber Pix, o usuário precisa ter uma conta em uma instituição financeira ou de pagamento e cadastrar uma “chave”, que vai ser a sua identidade no Pix.

A chave pode ser o e-mail, o CPF, o número do celular do usuário ou, ainda, uma “chave aleatória” gerada pela própria instituição financeira.

Com a chave em mãos, é possível fazer transferências para outras pessoas que tenham Pix e também pagar compras em e-commerces, lojas físicas e até quitar contas — de água, luz, por exemplo — e guias de impostos.

Uma verdadeira mão na roda, né? É por isso que as pessoas reconheceram logo de cara os benefícios desse sistema. 

Em setembro de 2022, menos de dois anos após o lançamento do Pix, já havia mais de 511 milhões de chaves Pix cadastradas, bem mais do que o dobro da população brasileira, segundo dados do Banco Central. Foram realizadas mais de 2 bilhões de transações usando o Pix só em agosto deste ano.

Uma coisa é fato e já abordamos por aqui: o Pix é seguro e oferece várias maneiras para que os usuários aumentem a sua proteção.

No entanto, não é novidade que os criminosos criam novas fraudes na mesma velocidade em que as tecnologias surgem, especialmente quando tem dinheiro envolvido.

Eles criam e aplicam diversas estratégias para enganar os usuários, e esse é o principal desafio na hora de se proteger.

Vamos ver a seguir quais são esses golpes Pix, como reconhecê-los, como se proteger, como denunciar e ainda saber se é possível recuperar o dinheiro caso você seja vítima de um deles.

Golpe do Pix: como funciona?

De forma geral, os golpes cibernéticos tentam se aproveitar da boa-fé e de um momento de distração do usuário. Assim, a primeira ferramenta contra qualquer fraude desse tipo é a atenção.

Conheça quais os tipos de golpes no Pix.

Golpe do Pix: quais são os principais

Clonagem do WhatsApp

Esse foi um dos primeiros tipos de golpe que surgiram com a chegada do Pix e continua fazendo vítimas até hoje. 

O golpista manda mensagem para a vítima se passando por um representante de algum lugar onde a pessoa tem cadastro. 

Quando consegue fazer contato, pede para a vítima informar um código de segurança enviado por SMS, com a desculpa de confirmar dados cadastrais.

Esse código, na verdade, permite clonar o WhatsApp da pessoa. A partir disso, o criminoso passa a mandar mensagens para os contatos da vítima, pedindo para enviarem valores por meio do Pix, com algum argumento que pareça plausível.

Por exemplo, o golpista, fingindo ser a vítima, fala para o marido dela mandar dinheiro para a conta de uma “amiga”, alegando que precisa pagá-la por algum serviço que ela prestou.

Já abordamos esse tema por aqui. Se quiser, você pode se aprofundar nas principais formas de golpes do WhatsApp atualmente.

Golpe do comprovante falso

O Pix permite o envio de um comprovante ao término da transação. Essa fraude, também conhecida como golpe do Pix falso, consiste em enviar um comprovante falso, alegando que o pagamento foi feito, quando, na verdade, não foi. 

Esse é um tipo de golpe bastante utilizado em compras feitas presencialmente, em lojas físicas, ou em pagamentos a prestadores de serviço autônomos. 

Por exemplo, o golpista vai a uma loja de roupa, faz uma grande compra, com várias peças, e pede para pagar com Pix. 

O dinheiro começa a demorar um pouco para entrar na conta da loja, a pessoa finge impaciência, diz que está com pressa e mostra o comprovante para poder pegar a mercadoria e ir embora. 

O vendedor, querendo agradar o cliente, o libera para ir embora. Só que o dinheiro jamais aparece…

Golpe do Pix agendado

Este é outro golpe Pix que tira proveito de um momento de desatenção da vítima. 

O Pix dá a opção de agendar a transferência para dali algumas horas ou dias. Quando se faz isso, o sistema gera um comprovante do agendamento.

Nesse golpe, o golpista exibe esse comprovante como se fosse o do pagamento em si. Depois de levar a mercadoria, o criminoso apenas cancela o agendamento e a transferência nunca é feita.

Golpe do Pix no Instagram

Esse é um tipo de golpe que atrai as vítimas com promessas de ganhos rápidos e altos. O objetivo, aqui, é roubar dados pessoais e bancários.

Os criminosos marcam as pessoas em seus perfis nas postagens nas redes sociais, especialmente do Instagram. 

Para chamar atenção das vítimas, dizem que elas ganharam um prêmio em dinheiro. A “pegadinha” é que, para resgatar o suposto prêmio, elas precisariam acessar um link que eles fornecem.

Ao clicar no link, as pessoas são direcionadas para uma página na qual devem informar diversos dados pessoais.

Golpes em que as vítimas são levadas a clicar em links maliciosos também são conhecidos como phishing.

Em outro golpe que tem sido aplicado pelas redes sociais, os criminosos pedem que a vítima transfira dinheiro para uma conta, afirmando que elas receberão depois um retorno 10 vezes maior do que o que foi “investido”.

Existem, ainda, perfis que promovem um “sorteio falso” de Pix. Eles levam a vítima a acessar uma página e inserir os seus dados bancários e pessoais. Os criminosos, então, usam esses dados para dar outros golpes, entre eles a clonagem do cartão de crédito.

Golpe do Pix no carnaval

Acontece quando um cliente recebe uma suposta mensagem do seu banco, que oferece a chance de ganhar um Pix de até R$ 150 para responder a um questionário. Na verdade, se trata de um Pix golpe que busca convencer a vítima a clicar no link da mensagem e preencher seus dados pessoais.

Nunca clique em links desconhecidos ou suspeitos! Sempre busque a instituição por meio dos seus canais oficiais.

Golpe do Pix errado

O golpe do Pix errado leva esse nome porque o golpista envia um comprovante de Pix para a vítima, dizendo que transferiu o valor para a conta dela por engano. O criminoso então pede que a pessoa transfira o valor de volta para a conta dele, já que não passa de um engano.

A verdade é que o comprovante do Pix é falso e, se a vítima “devolver” o dinheiro, vai ter caído na armadilha. A dica aqui, além de desconfiar, é sempre conferir o extrato da sua conta para ver se realmente caiu algum dinheiro lá. O Pix é rápido e em apenas alguns segundos a transferência, se for verdadeira, já aparece na sua conta.

Promoção falsa ‘participe e ganhe dinheiro’

Muitos golpes simulam uma promoção e oferecem dinheiro via Pix como recompensa. São mensagens mais ou menos assim: “Participe e ganhe R$ 100 na hora via Pix”.

O valor pode variar e o conteúdo da promoção também, mas a essência é a mesma: o golpista se passa por uma instituição financeira ou empresa conhecida e pede que o cliente se cadastre ou responda um questionário. Para isso, ele deve acessar um link e fazer um cadastro.

Muito cuidado ao receber esse tipo de mensagem. Não clique no link e nunca repasse. É golpe!

Golpe da tabela do Pix

O golpe da tabela do Pix é praticado por criminosos que criam perfis falsos e divulgam “oportunidades de investimento”. Se o cliente fizer uma transferência via Pix a uma determinada conta, pode receber de volta até cinco vezes o valor investido.

Mas o dinheiro nunca é devolvido, porque se trata de um golpe. É importante prestar atenção em ofertas boas demais, pouco realistas e que oferecem rendimentos muito altos em pouco tempo, de uma forma quase mágica. Especialmente porque os criminosos muitas vezes se passam por empresas conhecidas, do ramo de investimentos.

Invasão de conta

Esse tipo de golpe acontece normalmente quando o usuário é levado a clicar em links suspeitos, recebidos por SMS, e-mail ou WhatsApp. Caso sejam abertos, eles podem infectar o telefone com um vírus.

Quando os golpistas utilizam e-mails, ligações, SMS e mensagens em redes sociais para “fisgar” vítimas, o golpe é conhecido como phishing.

Com o vírus implementado, quando a vítima abrir um aplicativo de banco, o golpista vai receber uma notificação em sua tela, informando que a pessoa iniciou uma sessão na instituição financeira.

Nesse momento, o golpista rouba os dados de acesso e consegue utilizar a conta bancária do cliente. Assim, ele transfere dinheiro por meio do Pix.

Falsa central de atendimento

Outro golpe bastante comum acontece quando o fraudador se identifica como funcionário de banco ou de uma instituição financeira em que a vítima é cliente, e oferece algum tipo de ajuda ou benefício. 

Ao pensar que está falando com um funcionário, a vítima acaba passando seus dados para o criminoso, que consegue acessar as contas com as informações obtidas.

Aplicativo de Pix falso

Esse golpe tem se tornado mais popular. Nele, aplicativos falsos imitam instituições sérias e prometem vantagens para quem fizer um Pix, como cashback.

Leia mais: O que é cashback e como ganhar mais dinheiro de volta

Esse aplicativo, na verdade, é um malware, um tipo de software malicioso. O golpe ficou conhecido por meio do aplicativo PixStealer, que se passa por um app de cashback que estava à disposição na Play Store.

Segundo a consultoria de segurança que identificou o golpe, os usuários instalavam o app e, quando acessavam seu Pix, o malware mostrava à vítima uma “tela falsa”, que parecia a tela do seu celular, mas era uma sobreposição.

Com isso, o cliente não pode ver os movimentos do criminoso, que está movimentando a conta por baixo da tela falsa. O aplicativo, segundo a consultoria, não está mais disponível.

Leia mais: Golpe do comprovante de Pix falso: como identificar?

Golpe do robô do Pix

Esse golpe tem uma lógica complexa. Para simplificar, funciona assim: a vítima teria acesso a um robô para comentar de forma automática vários sorteios na internet. Isso aumentaria as suas chances de vencer e ganhar prêmios.

Mas, para ter acesso ao robô, é preciso pagar uma quantia, que pode variar entre cerca de R$ 47 e R$ 197, via Pix. Daí o nome do golpe ser “robô do Pix”.

Em algumas modalidades desse golpe, também é possível pagar pelo robô no boleto ou cartão de crédito. É preciso bastante atenção nesses casos, porque os dados da vítima podem ser expostos ao criminoso.

A oferta do robô também seria bem limitada, uma forma de pressionar a pessoa a fazer o pagamento rápido. Sem pensar direito, é possível que a vítima caia no golpe.

Ah, e vale esclarecer que não existe um “robô do Pix”, beleza? É só uma estratégia inventada para aplicar golpes financeiros.

Venda falsa

Esse tipo de golpe acontece quando o golpista anuncia a venda de algum produto nas redes sociais, site de anúncios ou plataformas de e-commerce. Ele negocia com a vítima, como se fosse uma compra comum.

A questão é que, durante a negociação, o cliente é convencido a fazer o pagamento antecipado e acaba não recebendo o produto.

Esse tipo de golpe pode incluir casos de promessa de empréstimo, com a condição de receber um pagamento prévio para liberação do dinheiro, por exemplo.

Descontos na fatura do cartão

Nesse golpe, criminosos enviam mensagens no celular, oferecendo descontos para pagamentos de faturas de cartão de crédito ou contas de celulares.

Para receber o suposto benefício, a vítima precisa acessar um site e informar dados como a bandeira do cartão, CPF, os quatro últimos dígitos do cartão e o valor total da fatura.

Depois disso, a página informa uma chave do Pix para qual o valor com desconto deve ser enviado. O destino do dinheiro, porém, não tem relação com instituições financeiras. 

Ingresso falso

Outro tipo de golpe que tem se popularizado é o do ingresso falso. Nesses casos, os golpistas anunciam ingressos para shows, festivais, jogos de futebol e outros eventos pelas redes sociais.

Muitas vezes, o perfil parece ser verdadeiro, com fotos antigas e vários seguidores. A vítima é levada a acreditar que se trata de uma pessoa que não poderá mais ir ao evento e está vendendo o ingresso mais barato. 

Contudo, o ingresso é falso ou nem chega a ser enviado pelo golpista. Por isso, a recomendação é que você só compre ingressos desse tipo de pessoas conhecidas.

Pix para desconhecido

Não tem como afirmar de forma definitiva se é ou não é seguro fazer Pix para desconhecidos, pois isso pode variar muito de acordo com cada caso.

Fato é que você só deve fazer alguma transferência quando tiver certeza de que não há chance de você estar sendo vítima de algum golpe.

Outra situação de golpe é quando você supostamente recebe algum Pix indevido e é contactado pelo golpista, que pede o dinheiro de volta.

“Recebi um Pix desconhecido e agora?”. Primeiro, confira se realmente você recebeu alguma transferência e não apenas uma notificação de agendamento de pagamento. 

No golpe em questão, os criminosos fazem apenas um agendamento, enviam o comprovante, pedem o reembolso e posteriormente cancelam o pagamento.

Golpe do Pix: como se proteger?

Diante de tantas ameaças, como se proteger? Como mencionamos no começo deste artigo, quando falamos de fraude, a primeira e mais eficiente forma de proteção é estar sempre atento.

Vale a pena conferir algumas orientações gerais para fazer pagamentos seguros neste conteúdo especial, que se aplicam à maioria das situações.

No caso da clonagem de WhatsApp, por exemplo, desconfie sempre que alguém pedir dinheiro por esse aplicativo, mesmo que seja uma pessoa muito próxima. 

Se isso acontecer com você, ligue diretamente para a pessoa e confirme se a história é verdadeira.

Outro sinal forte de que algo está errado é quando a pessoa pede para transferir dinheiro para a conta de um terceiro, e não dela mesma. Pode ligar o alerta porque pode se tratar de uma conta laranja, e a chance de ser golpe é enorme.

Para os casos do falso comprovante e do Pix agendado, a recomendação é a mesma: pare e leia com atenção o que está escrito. Aliás, esta é uma orientação que vale sempre que estamos lidando com dinheiro. Esteja ali, presente, leia o que está escrito, não faça nada com pressa.

Além disso, nesses casos, nunca libere a pessoa para sair com a mercadoria enquanto o dinheiro não cair na sua conta. Lembre-se: o tempo de transferência do Pix é de poucos segundos. Se demorar mais do que isso, desconfie. 

Se a pessoa disser que está com pressa, você tem duas opções: alegar que não está autorizado a liberar a mercadoria até que a transferência seja completada ou, se for o caso, orientar o cliente a voltar dali a uns minutos.

Em relação ao golpe do Instagram, vale a máxima: se parece bom demais para ser verdade, é porque não é verdade mesmo.

Desconfie de promessas de grandes ganhos, não clique em links suspeitos nem muito menos forneça seus dados sem ter certeza de quem está do outro lado.

Então, recapitulando as dicas para não cair em golpe de Pix:

  • Esteja sempre atento e desconfiado em situações que envolvem dinheiro e “recompensas” aparentemente fáceis;

  • Se alguém te pedir dinheiro emprestado, tente falar com a pessoa e confirmar que o pedido veio dela mesmo;

  • Cuidado ao transferir dinheiro para a conta de terceiros, porque pode ser golpe;

  • Se suspeitar de um comprovante falso de Pix, pare e leia com atenção o que está escrito;

  • Se vender algo, não libere quem pagou até que o dinheiro caia na sua conta — deve levar apenas alguns segundos;

  • Por fim, mas não menos importante: se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é!

Caí no golpe do PIX e agora?

Fui vítima do Pix falso, o que fazer? O primeiro passo é contatar o seu banco e avisar sobre a fraude. A instituição vai tentar bloquear o dinheiro caso ele ainda esteja na conta de destino.

Em seguida, o recomendado é registrar um boletim de ocorrência sobre o caso e avisar a instituição por alguns dos canais de atendimento oficiais.

No ambiente Pix dos aplicativos dos bancos, normalmente há um link direto para o canal a ser utilizado para o registro da reclamação.

Uma dica: vale adicionar no B.O. todas as informações possíveis sobre o golpe, como os dados da conta que o criminoso enviou e outros dados que ele pode ter deixado escapar durante a abordagem.

Isso ajuda as autoridades policiais a ter mais informações sobre o golpe e, assim, as chances de agir para evitar novas vítimas.

Como denunciar golpe do Pix envolvendo o PicPay?

Se você é cliente do PicPay, existem dois canais de atendimento disponíveis para isso: telefone e chat.

Você pode falar com a gente pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do PicPay, pelo número 0800 025 8000.

O segundo meio de contato é o chat, que pode ser acessado pelo próprio aplicativo. 

Siga as instruções abaixo:

  1. Abra o aplicativo e toque na sua foto de perfil;
  2. Selecione a opção de Ajuda no canto superior direito ou desça até a Central de Ajuda;
  3. Clique no banner “Fale com a gente”.

Pronto! Agora é só contar o que aconteceu para o atendente. Quanto mais detalhes você puder dar, melhor. 

Leia mais: Como fazer um Pix para o PicPay com saldo de outros bancos?

Tem como reaver Pix por golpe?

A primeira coisa que é preciso saber é que não tem como cancelar um Pix. Porém, se a vítima perceber rápido que foi vítima de um golpe, pode pedir que o banco faça um bloqueio preventivo. 

O prazo para solicitar que a transação seja travada é de 30 minutos (das 6h às 20h) a uma hora (nos demais horários). Assim, o valor transferido permanece retido por até 72 horas para que o banco avalie a situação. 

Também é possível acionar o chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED). Ele pode ser usado em casos de suspeita de fraude e funciona em duas situações específicas: quando há suspeita do uso do Pix para fraude; e em falha operacional no sistema.

Os bancos têm até sete dias para analisar a transação. Nesse período, o dinheiro fica bloqueado. Se o golpe for comprovado, o valor é transferido de volta para a conta da vítima.

No entanto, a verdade é que os golpistas costumam tirar o dinheiro da conta assim que a transferência chega, justamente para não dar tempo de fazer esse tipo de análise. 

Se isso acontecer, a chance de conseguir ser reembolsado diminui bastante. Justamente pelo fato de o dinheiro não estar mais na conta,  fica difícil rastrear a operação. 

Então, como recuperar Pix de golpe? Para aumentar as chances de reembolso, faça um boletim de ocorrência e informe o banco imediatamente.

Quanto mais rápido for o seu contato, maiores são as chances de uma solução.

Se não houver falha de sistema e não for possível recuperar o dinheiro, a instituição financeira vai analisar o caso e decidir se cabe ressarcimento, como ocorre hoje em fraudes bancárias. 

Como vimos, golpes do Pix podem assumir várias formas, e a atenção vai ser sempre sua melhor arma contra ele. Mas, agora, você já sabe como evitar os golpes ou, no pior cenário, como agir se for vítima de um deles.

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