Fundos de renda fixa: o que são e como investir

Descubra tudo sobre fundos de renda fixa e entenda o que são, como funcionam e como investir de forma segura e eficiente

13 de setembro de 2024

Você já ouviu falar sobre fundos de renda fixa? Eles são uma opção popular no mercado financeiro brasileiro e são ideais para quem busca investimentos conservadores, pois são fundos que investem em ativos seguros, como títulos públicos e privados.

Se você está pensando em diversificar seus investimentos ou busca alternativas mais seguras, os fundos de renda fixa são uma boa escolha. 

Aqui no Blog do PicPay, vamos aprender mais sobre esses fundos e como começar a investir neles.

O que é um fundo de renda fixa?

Os fundos de renda fixa são fundos de investimento que aplicam mais de 80% do patrimônio em ativos de renda fixa – isto é, em ativos vinculados à variação da taxa de juros, de índices de preço, ou ambos. 

Esses fundos são gerenciados por profissionais e dão aos investidores a chance de ganhar junto com o fundo.

Embora esses fundos sejam considerados aplicações simples, ainda existem detalhes que devem ser observados para entender melhor se esse é o investimento certo para você.

Tipos de ativos dos fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa investem, como diz o nome, em títulos de renda fixa como:

Essa diversidade ajuda a reduzir os riscos do investimento e buscar melhores ganhos para os investidores.

Vale dizer que os fundos de renda fixa também podem fazer parte de uma carteira títulos com maior risco de crédito, desde que 80% do patrimônio esteja alocado em renda fixa. 

Diferença entre renda fixa e fundo de renda fixa

Na renda fixa tradicional, você compra os ativos por conta própria. Nos fundos, você compra cotas e um gestor faz as aplicações por você

Isso torna mais fácil investir em ativos que seriam difíceis de comprar sozinho, aumentando a diversidade da carteira de investimentos.

Leia mais: O que é renda fixa e como investir nessa modalidade

O desempenho do fundo vai refletir essa composição complexa de títulos públicos, CDBs e debêntures, além de ativos de proteção – o que dificilmente pode ser replicado por conta própria.

Influência da Selic nos fundos de renda fixa

A taxa Selic afeta muito os fundos de renda fixa: quando a Selic sobe, os rendimentos desses fundos também tendem a crescer. Isso acontece porque muitos ativos desses fundos estão ligados à Selic ou a índices de preços. 

Por isso, é essencial saber o que é Selic e entender a relação entre a taxa e a renda fixa. Isso ajuda a tomar decisões de investimento melhores e mais alinhadas com seus objetivos financeiros.

Tipos de fundos de renda fixa

Dependendo da política de investimento ou da característica dos ativos, os fundos de renda fixa recebem outros nomes, o que pode confundir o investidor iniciante. 

Cada tipo tem características próprias, atendendo a diferentes necessidades e objetivos financeiros.

Simples

Os fundos simples investem em títulos públicos federais – pelo menos 95% do patrimônio deve ser desse tipo de papel. Assim, são uma opção fácil e de baixo risco. 

O fundo simples também pode aplicar em papéis de instituições financeiras com risco equivalente ao do governo. Já os fundos soberanos têm 100% dos recursos em títulos do governo.

Indexado

Estes fundos seguem um índice específico – também chamado de benchmark –, como o CDI ou o IPCA. Na carteira dos fundos referenciados, pelo menos 95% do patrimônio deve estar investido em ativos que acompanham o indicador escolhido.

Duração

Os fundos de renda fixa também são classificados por duração, referindo-se ao prazo médio dos títulos que compõem a carteira do fundo. Esse conceito é importante porque a duração está relacionada à sensibilidade do fundo às variações das taxas de juros.

  • Baixa: investem títulos de curto prazo, que vencem em até dois anos. São indicados para investidores mais conservadores ou para quem precisa de liquidez.
  • Média: investem em títulos com prazos de vencimento intermediários, geralmente entre dois e cinco anos. Apresentam um equilíbrio entre risco e retorno.
  • Alta: investem em títulos de longo prazo, com vencimento superior a cinco anos. Indicados para investidores com maior tolerância ao risco.
  • Livre: não têm uma restrição específica em relação ao prazo dos títulos. O gestor tem a liberdade de escolher a composição da carteira.

Nos fundos de duração livre, o risco e a rentabilidade variam bastante, dependendo da estratégia adotada pelo gestor. 

A flexibilidade permite que o fundo ajuste a carteira em resposta às mudanças no cenário econômico, o que pode resultar em maiores oportunidades de retorno, mas também em maior risco.

Essas diferentes durações permitem que os fundos de renda fixa se adaptem a diferentes perfis de investidores e horizontes de investimento.

Investimento no exterior

Os fundos de dívida externa também são um tipo de fundo de renda fixa, mas como uma particularidade: eles investem em títulos da dívida externa do Brasil. No mínimo 80% do patrimônio deve estar em papéis brasileiros vendidos fora do país. 

Geralmente, esses fundos não podem investir dentro do Brasil, apenas em situações específicas.

Fundo de renda fixa x fundo DI

Fundos DI são o subtipo mais conhecido dos fundos de renda fixa indexados. Eles têm como referência a variação diária das taxas de juros praticadas entre os bancos – quer dizer, o objetivo aqui é seguir o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). 

Para isso, eles focam em títulos pós-fixados atrelados ao CDI. São fundos, em geral, menos voláteis e que dão retornos estáveis em diferentes cenários econômicos.

Sabe o que também rende atrelado ao CDI? O dinheiro que está na sua carteira no PicPay: seu saldo no aplicativo rende 102% do CDI, automaticamente.

Confira: Otimize seus rendimentos em CDI

Vantagens e desvantagens dos fundos de renda fixa

Dependendo do seu perfil de investidor, os fundos de renda fixa são uma ótima opção para quem quer investir no Brasil. Principalmente para quem tem pouca experiência no mercado ou tem um perfil conservador, mas quer diversificar a carteira. 

Para investidores mais experientes, porém, pode ser fácil encontrar opções rentáveis com taxas mais baixas.

Vantagens dos fundos de investimento renda fixa

Esses fundos têm muitos pontos positivos, incluindo:

  • acessibilidade: você pode começar a investir com pouco dinheiro;
  • diversificação: seu dinheiro é aplicado em diferentes ativos, reduzindo riscos;
  • gestão profissional: especialistas cuidam do seu investimento;
  • liquidez: geralmente, você pode resgatar seu dinheiro rapidamente.

Desvantagens dos fundos de investimento renda fixa

É bom saber dos riscos desses fundos:

  • risco de crédito: a empresa emissora do título pode não pagar;
  • risco de mercado: mudanças econômicas podem afetar o valor do fundo;
  • risco de liquidez: em situações extremas, pode ser difícil resgatar o investimento.

Quando você avaliar os benefícios, lembre-se de que esses fundos trazem segurança e estabilidade. Mas é crucial entender os riscos para fazer boas escolhas de investimento.

Como escolher um fundo de renda fixa

Escolher um fundo de renda fixa exige atenção, mesmo este sendo um investimento simples: é importante avaliar vários pontos para tomar a melhor decisão.

Vamos conhecer os principais critérios que você precisa analisar.

Política de investimento

Entenda onde o fundo investe seu dinheiro. Cada fundo tem uma estratégia única que afeta seus resultados e pode se alinhar (ou não) com sua expectativa.

Rentabilidade histórica

Veja o histórico de rendimentos, mas lembre-se: o passado não garante o futuro. 

Ainda assim, essa análise ajuda a entender o comportamento do fundo – e preparar o investidor para os altos e baixos das cotas. Essas informações são publicadas pelos administradores do fundo e ficam disponíveis nos sites da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Anbima.

Aplicação mínima

Verifique o valor mínimo para investir e se este valor é acessível para você, sem comprometer seu planejamento financeiro global.

Índice de referência

Observe as variações do índice de referência escolhido pelo fundo e a performance do fundo em relação a ele. Assim, você pode entender se o fundo está proporcionando retornos melhores, iguais ou piores que seu benchmark.

Taxa de administração

Um dos principais pontos a se analisar na escolha de um fundo de renda fixa é o valor da taxa de administração. Se for muito alto, o rendimento pode não valer a pena, pois a taxa vai diminuir sua rentabilidade; taxas menores podem resultar em um retorno maior.

Taxa de performance

Em geral, a taxa de performance não é cobrada nos fundos de renda fixa. Mas há algumas exceções, como fundos de longo prazo, fundos de dívida externa e fundos destinados ao investidor qualificado – que podem cobrar uma remuneração baseada nos resultados.

Leia mais: Renda fixa e renda variável: entenda as diferenças

Rating

Verifique o rating do fundo e a reputação da gestora. Uma boa classificação e gestão experiente indicam maior segurança.

Prazos de resgate

Confira os prazos de resgate das cotas, no regulamento dos fundos, para entender como funciona o processo. 

Fundos Simples ou DI costumam ter prazos curtos, mas em outros tipos de fundos, a espera pelo dinheiro pode ser mais longa – então, é importante considerar sua necessidade de liquidez. 

Além disso, verifique se o fundo possui prazo de carência, que é o período mínimo em que o investidor não pode solicitar o resgate.

Riscos

Avalie os riscos que você pode aceitar. Fundos que investem em títulos públicos de longo prazo ou em papéis de crédito privado, por exemplo, podem ter grandes variações ao longo do tempo.

Portfólio de fundos do PicPay Invest

O PicPay Invest oferece uma gama diversificada de fundos de investimento para atender às diferentes necessidades e perfis de investidores, incluindo fundos de renda fixa.

Além disso, a plataforma é intuitiva e permite que você acompanhe e gerencie seus investimentos de qualquer lugar, oferecendo taxas competitivas e maximizando seus retornos líquidos, seja na renda fixa ou nos fundos de ações.

O PicPay Invest também oferece informações detalhadas sobre cada fundo, incluindo histórico de desempenho, regras e níveis de risco, entre outros.

O investimento mínimo nos fundos disponíveis no PicPay Invest começa em R$ 100, garantindo opções para todos os perfis de investidores.

Perguntas frequentes sobre fundos de investimento de renda fixa

Para que você entenda tudo o que envolve os fundos de investimento em renda fixa, reunimos, a seguir, algumas das dúvidas mais frequentes em relação a este tipo de investimento. 

Quanto rende um fundo de renda fixa por mês?

O rendimento de um fundo de renda fixa pode variar de acordo com a estratégia do fundo e as condições do mercado. 

Em geral, os rendimentos tendem a acompanhar a taxa de juros básica da economia, como a taxa Selic, mas podem variar devido a fatores como a composição da carteira e as taxas cobradas pelo fundo.

É seguro investir em fundos de renda fixa?  

Fundos de renda fixa são considerados investimentos de baixo risco em comparação com outras modalidades, como fundos de ações. 

No entanto, ainda existe algum risco, especialmente relacionado à variação das taxas de juros e à qualidade dos ativos na carteira do fundo. É importante entender o seu perfil de risco e o do fundo antes de investir.

Leia mais: CDBs descomplicados: como eles funcionam

Qual é o melhor fundo de renda fixa? 

O melhor fundo de renda fixa depende dos objetivos de cada investidor, como a necessidade de liquidez, tolerância ao risco e horizonte de investimento. 

É fundamental comparar fundos com base em suas taxas de administração, rentabilidade histórica, rating de crédito dos ativos e outros fatores relevantes.

Qual o imposto sobre fundos de renda fixa?  

Os rendimentos são tributados pelo Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva, com alíquotas que variam de 22,5% a 15%, dependendo do prazo de aplicação.

A cobrança é feita semestralmente e não na hora do resgate: você paga o imposto com fatias das suas cotas, no último dia útil dos meses de maio e novembro, no sistema conhecido como “come-cotas”, considerando a menor alíquota de cada categoria. 

Caso o resgate seja feito em uma alíquota maior, paga-se a diferença na hora do saque. E vale citar que, nos resgates feitos em menos de 30 dias, também é cobrado o IOF.

Qual fundo de renda fixa paga mais?   

A rentabilidade pode variar. Fundos que investem em títulos com maior risco de crédito ou com prazos mais longos tendem a oferecer rendimentos maiores, mas também envolvem mais risco. A comparação deve ser feita considerando o retorno ajustado ao risco.

Vale a pena investir em fundos de renda fixa?  

Investir em fundos de renda fixa pode ser uma boa escolha para investidores que buscam estabilidade e um rendimento previsível, especialmente em cenários de alta de juros. No entanto, é importante considerar as taxas de administração e impostos.

Qual é a diferença entre fundos de renda fixa e títulos de renda fixa?  

Títulos de renda fixa são investimentos diretos em ativos como CDBs, LCIs e títulos públicos, enquanto os fundos de renda fixa são carteiras que podem conter vários desses ativos. Fundos oferecem diversificação e praticidade, mas cobram taxas de administração.

É possível perder dinheiro em fundos de renda fixa? 

Embora o risco seja baixo, é possível ter perdas em fundos de renda fixa. Isso pode ocorrer, principalmente, em cenários de alta significativa de juros, que podem desvalorizar os ativos da carteira, ou em fundos que investem em ativos com maior risco de crédito.

Como avaliar o desempenho de um fundo de renda fixa? 

O desempenho pode ser avaliado comparando sua rentabilidade com benchmarks como o CDI ou a taxa Selic. Outros fatores a considerar incluem a consistência dos retornos, as taxas cobradas, o nível de risco assumido e a qualidade dos ativos na carteira.

Agora que você já entende como funcionam os fundos de renda fixa, aproveite para conferir outros artigos do Blog do PicPay e aprofunde seus conhecimentos no mundo dos investimentos. 

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