Volatilidade: o que significa e como afeta seus investimentos
Descubra o que é volatilidade, como ela impacta seus investimentos, aprenda a calcular riscos e veja como administrar sua carteira
22 de novembro de 2024
No mercado financeiro, a volatilidade é uma força importante, pois mede como os preços dos ativos financeiros variam ao longo do tempo. Isso inclui ações, fundos de investimento, criptomoedas, títulos públicos e índices das bolsas de valores.
Entender a volatilidade é essencial para quem busca maximizar ganhos e se proteger de riscos, já que ela pode tanto aumentar suas chances de retorno quanto expor sua carteira a perdas maiores.
Por isso, aprender a analisá-la pode tornar suas decisões financeiras mais seguras e ajustadas ao seu perfil de investidor.
O que significa volatilidade nos investimentos?
Volatilidade alta significa que o preço de um ativo pode oscilar muito em curtos períodos, enquanto uma volatilidade baixa indica que o preço tende a ser mais estável.
Conhecer esse comportamento ajuda a prever possíveis cenários de ganho ou perda, além de entender se um ativo é adequado para o seu nível de tolerância ao risco.
Isso permite ao investidor calcular não só os riscos de seu portfólio, mas também as oportunidades de crescimento, sendo importante na estratégia de diversificação e no desenvolvimento de uma reserva de emergência.
Qual a relação da volatilidade com o risco?
A volatilidade está diretamente relacionada ao risco de um investimento. Quanto mais volátil um ativo, maior a incerteza sobre o seu comportamento futuro. Isso porque as oscilações de preço são imprevisíveis, tornando mais difícil prever ganhos ou perdas.
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Investidores experientes usam a volatilidade para avaliar tanto a segurança quanto o potencial de retorno de um ativo.
Por exemplo, ativos com alta volatilidade – como ações de startups ou criptomoedas – podem oferecer grandes oportunidades de lucro em pouco tempo.
No entanto, o mesmo fator que oferece esse potencial também aumenta o risco de perda, pois os preços podem cair drasticamente de um dia para o outro.
Por outro lado, ativos de baixa volatilidade – como títulos de renda fixa ou ações de grandes empresas consolidadas – tendem a oferecer retornos mais previsíveis, mas em um ritmo mais lento.
Assim, a volatilidade torna-se uma ferramenta essencial para alinhar as expectativas de retorno com o nível de risco que o investidor está disposto a assumir.
Ativo volátil nos investimentos
Investidores que buscam ganhos rápidos costumam procurar ativos mais voláteis, que apresentam grandes variações de preço em curtos períodos.
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Esses ativos podem proporcionar oportunidades de lucro consideráveis para possivelmente aproveitar o momento certo de compra ou venda.
No entanto, a volatilidade também significa que o risco é elevado, e as perdas podem ser igualmente significativas caso as decisões não sejam tomadas de forma estratégica.
Para investir em ativos voláteis, é essencial que o investidor tenha uma boa compreensão do mercado, esteja atento às tendências e utilize ferramentas de análise técnica para identificar padrões e momentos de entrada ou saída.
Além disso, estratégias como o uso de derivativos ou a diversificação em ativos de menor risco podem ajudar a proteger a carteira de investimentos de perdas significativas.
Tipos de volatilidade
Há três principais tipos de volatilidade: a volatilidade histórica, a volatilidade implícita e a volatilidade real.
Cada uma delas tem características únicas que podem influenciar suas decisões de investimento e ajudar no planejamento de estratégias financeiras.
- Volatilidade Histórica: é calculada conforme as variações passadas do preço de um ativo e mostra como o ativo se saiu em diferentes condições de mercado. Isso ajuda a fazer previsões e tomar decisões, mas não garante volatilidade futura.
- Volatilidade Implícita: foca nas expectativas futuras, mostrando o que o mercado espera da oscilação do ativo. Uma alta volatilidade implícita indica que grandes variações de preço são esperadas no futuro.
- Volatilidade Real: mostra a variação efetiva do preço do ativo e, uma vez registrada, ela se junta à volatilidade histórica. Entender a volatilidade real é crucial para ajustar estratégias e responder às condições do mercado.
Compreender essas variações permite que você alinhe suas decisões ao seu perfil de investidor, seja ele mais conservador ou arrojado.
Como administrar a volatilidade nos investimentos?
Administrar a volatilidade é fundamental para manter um portfólio de investimentos estável e lucrativo.
A volatilidade, ao representar a magnitude das variações de preços, pode levar a ganhos significativos, mas também a perdas consideráveis. Para equilibrar os riscos e maximizar os retornos, a diversificação é uma estratégia eficaz e amplamente utilizada.
Diversificar significa alocar seu capital entre diferentes tipos de investimento, em vez de concentrá-lo em uma única opção.
Essa estratégia ajuda a reduzir a exposição ao risco específico de um ativo ou setor e pode proteger seu portfólio contra as oscilações severas do mercado. Aqui estão algumas formas de diversificar efetivamente:
- investir em uma variedade de ativos, como ações, títulos, imóveis e commodities, ajuda a balancear o risco. Por exemplo, quando o mercado de ações está volátil, os títulos ou imóveis podem oferecer estabilidade e retorno constante;
- é benéfico investir em diferentes setores da economia dentro do mercado de ações, como tecnologia, saúde, finanças e energia. Setores distintos podem reagir de maneira diferente às condições econômicas;
- alocar investimentos em mercados internacionais pode oferecer proteção adicional contra a volatilidade local. Mercados globais podem ter ciclos econômicos diferentes, o que pode suavizar o impacto das flutuações em um único país;
- investir em diferentes horizontes de tempo pode ajudar a gerenciar a volatilidade. Ativos com vencimentos variados e estratégias de investimento de curto, médio e longo prazo podem equilibrar o risco e melhorar a estabilidade do portfólio.
Além da diversificação, é importante monitorar e ajustar regularmente seu portfólio com base nas condições de mercado e nas suas metas financeiras. Revisões periódicas ajudam a garantir que a diversificação continue adequada às suas necessidades.
Como calcular a volatilidade dos ativos da carteira?
Para calcular a volatilidade é importante entender métricas financeiras básicas. A análise envolve calcular a média das variações de preços, a variância e o desvio padrão. Essas informações dão uma visão da volatilidade histórica e atual do mercado.
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São três passos:
- Primeiro, calcule a média das variações percentuais dos preços dos ativos para o período que você deseja analisar. Para isso, basta somar as variações percentuais e dividir pelo número de meses que você está considerando.
- Depois, é preciso descobrir a variância amostral. O cálculo é um pouco mais complexo: subtraia cada variação mensal da média e eleve cada resultado ao quadrado. Em seguida, some os resultados e divida pelo número de meses menos um. A variância amostral dos dados ajudará a entender o quão dispersos estão esses valores em relação à média.
- Por último, a raiz quadrada da variância resultará no desvio padrão, um indicador direto da volatilidade do ativo.
Suponha que você queira analisar as variações percentuais mensais de um ativo ao longo de 5 meses. As variações percentuais foram:
- Mês 1: +2%
- Mês 2: -1%
- Mês 3: +3%
- Mês 4: +4%
- Mês 5: 0%
Primeiro, somamos todas as variações percentuais e dividimos pelo número de meses:
- Média = (2 + (-1) + 3 + 4 + 0) dividido por 5 = 8 dividido por 5 = 1,6%
Agora, calculamos a variância. Para isso, subtraímos cada variação mensal da média e elevamos o resultado ao quadrado:
- Para o Mês 1: (2 menos 1,6) ao quadrado = 0,4 ao quadrado = 0,16
- Para o Mês 2: (-1 menos 1,6) ao quadrado = -2,6 ao quadrado = 6,76
- Para o Mês 3: (3 menos 1,6) ao quadrado = 1,4 ao quadrado = 1,96
- Para o Mês 4: (4 menos 1,6) ao quadrado = 2,4 ao quadrado = 5,76
- Para o Mês 5: (0 menos 1,6) ao quadrado = -1,6 ao quadrado = 2,56
Agora, somamos todos esses valores e dividimos pelo número de meses menos 1, que nesse caso é 4:
- Variância = (0,16 + 6,76 + 1,96 + 5,76 + 2,56) dividido por 4 = 17,2 dividido por 4 = 4,3
Por fim, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância:
- Desvio padrão = raiz quadrada de 4,3 = aproximadamente 2,07
Esses valores indicam que, em média, o preço do ativo varia 1,6% ao mês, e o nível de volatilidade do ativo é de cerca de 2,07%. Quanto maior o desvio padrão, maior é a volatilidade.
Usar esses métodos melhora a gestão da sua carteira e fortalece suas decisões de investimento. Com diversificação e cálculo de volatilidade, você estará mais bem preparado para enfrentar as incertezas do mercado financeiro.
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