Conheça a história do PicPay contada pelo cofundador do app

Entenda como surgiu a ideia, quais foram os desafios e os pontos mais importantes da cultura e história do PicPay, dez anos depois de sua criação

17 de fevereiro de 2022

Você se lembra do que fez no dia oito de janeiro de 2012? Anderson Chamon, cofundador do PicPay, lembra. Foi o dia — um domingo — em que surgiu a ideia que, oito meses mais tarde, levaria à criação do que é, hoje, o maior aplicativo de pagamentos do País. Começava a história do PicPay.

Anderson, que hoje é também vice-presidente de Tecnologia e Produtos do PicPay, tinha 31 anos na época e muitos incômodos na hora de fazer pagamentos no dia a dia. Em cada lugar, era uma lógica diferente: alguns só aceitavam dinheiro, outros só cartão de crédito e débito, e alguns preferiam até cheques (isso já faz dez anos!).

A ideia por trás do PicPay era simples: pagar tudo pelo celular só ao escanear um código — o chamado QR Code. Hoje, ele se tornou muito popular. Quem não percebeu a ascensão dos cardápios em QR Code na pandemia? Ou em anúncios na televisão? E esses são só alguns exemplos de uso do dia a dia.

Acontece que, há dez anos, pouquíssimo se falava em QR Code tanto no Brasil, quanto lá fora. E, por ser tão diferente do que era conhecido na época, logo isso se tornaria um grande desafio para o PicPay.

Assim que surgiu a ideia do aplicativo, Chamon conversou com Dárcio Stehling, um dos seus sócios, também cofundador e hoje Diretor Institucional da empresa. Menos de 24 horas depois, já na segunda-feira, 9 de janeiro, o PicPay começou a ser desenvolvido em Vitória, capital do Espírito Santo. 

Leia mais: Aniversário do PicPay: o que rolou em 10 anos e o que vem aí

“Nossa visão era: quero sair de casa só com o celular, escanear um código e, com isso, fazer um pagamento em qualquer lugar.”

Anderson Chamon, VP de Produtos e Tecnologia do PicPay

Junto de Chamon e Stehling, Davi Pozzi e Hudson Chamon também participaram da fundação do PicPay. O grupo foi completado em seguida pelos sócios Diogo Roberte e Pablo Gomes. O conceito, para eles, era descomplicar o dia a dia.

“O objetivo era construirmos algo que causasse um impacto enorme na sociedade, que deixasse um importante legado e que nos enchesse de orgulho, tanto que o PicPay foi a sétima iniciativa que empreendemos. Não pararíamos até conseguir.”

Dárcio Stehling, Diretor Institucional do PicPay

O nome, inclusive, vem daí: é uma abreviação de Picture Payment (ou pagamento por imagem, na tradução).

Oito meses depois da ideia, nasce o aplicativo e começa de vez a história do PicPay

Tecnologia e inovação: o início da história do PicPay

Talvez você não se lembre, mas o smartphone, esse tipo de celular que oferece muito mais recursos do que só fazer ligações e mandar SMS, só surgiu em 2007. Foi a chegada do iPhone, lançado pela Apple, que revolucionou esse mercado. Em seguida, em 2008, foi lançado o primeiro celular Android.

As pessoas aderiram rapidamente a essa nova tecnologia, mas, por ser tão recente, ninguém sabia muito bem no que aquilo ia dar. 

Por isso, quando os fundadores do PicPay tentavam provar que o negócio ia dar certo para investidores interessados, tinham dois desafios: o primeiro era mostrar que o smartphone daria certo. Só a partir disso é que deveriam convencê-los de que o PicPay poderia vingar.

“Eu diria que a gente quase morreu por ter nascido tão cedo”, conta Chamon. No mundo, não existia nada como aquela ideia. Mesmo o WeChat Pay, forma de fazer pagamentos pelo celular que revolucionou o mercado na China, só nasceu em 2014, dois anos depois. 

Chamon e Stehling, fundadores do PicPay

De 2012 a 2015, nos primeiros três anos do PicPay, o maior desafio foi entender se as pessoas usariam o aplicativo. “Quando você está construindo algo novo, precisa vencer essa etapa”, diz Chamon. “É diferente de quando você cria uma nova versão de algo que já existe e já sabe que pode ser útil para as pessoas.”

Nessa fase, o número de usuários não chegava nem perto dos mais de 65 milhões de brasileiros hoje cadastrados no aplicativo PicPay. Entre as poucas pessoas que já conheciam o app, Chamon sabia o nome de todos.

Muitos dos usuários eram clientes de um café de Vitória, que foi o primeiro estabelecimento da cidade a aceitar PicPay como forma de pagamento: o Café Bamboo. 

E, muitas vezes, para se aprofundar no funcionamento do aplicativo na prática, Chamon passava as tardes lá, enquanto observava a experiência daqueles que faziam pagamentos via PicPay.

A virada: aplicativo PicPay começa a crescer

Foi em 2016 que o PicPay teve a sua primeira grande onda de crescimento. O app se tornou um dos meios de pagamento do estacionamento rotativo de Vitória, o que fez com que muitas pessoas se tornassem usuárias.

“A partir daquele caso de uso, as pessoas começaram a descobrir o PicPay para outras coisas. Tanto que o Espírito Santo hoje é um dos estados de maior utilização do app”, conta Chamon. Atualmente, cerca de 75% da população de Vitória faz ao menos uma transação por mês via PicPay.

E o crescimento foi na base do boca a boca, ou do chamado efeito de rede: quanto mais pessoas perto de você usam o app, mais você fica estimulado a usar, porque percebe quantas coisas pode resolver por lá. Desde pagar a alguém por um cafezinho até mandar o comprovante de pagamento por mensagem direta.

Em 2015, a empresa foi investida pelo grupo J&F, um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil. Hoje, o app é controlado pela J&F Participações. A partir daí, o PicPay intensificou o crescimento, lançando novos produtos e serviços para tornar a vida e a relação com dinheiro mais fácil para o dia a dia do brasileiro.

Hoje, o PicPay é o maior aplicativo de pagamentos do Brasil, com várias frentes de negócio em um só lugar:

Veja abaixo alguns marcos da história do PicPay ao longo dos últimos 10 anos.

Veja os principais marcos da história do PicPay

Para Chamon, a explosão do PicPay nos últimos anos não é acaso, e sim algo que sempre fez parte dos sonhos dos fundadores. “Nós sabíamos que, uma vez dando certo, a gente poderia chegar onde estamos hoje. Para mim era assim: ou a gente morre, ou a gente explode”, comenta.

Ele lembra que inclusive a diversidade de produtos e serviços que o app oferece fazia parte do plano inicial. Na visão dos sócios, a solução de pagamentos está integrada a diversas outras áreas da vida, como as interações das pessoas antes e depois de pagar.

Isso se reflete no dia a dia. Em um caso recente, Chamon lembra de quando comprou um cachorro quente no bairro. Sabia que o estabelecimento fazia entregas e, no dia seguinte, quis pedir de novo. Mas estava sem o telefone de lá. Foi quando resolveu enviar uma mensagem direta via PicPay, já que tinha usado o app para pagar a compra do dia anterior.

Ficou emocionado quando o local respondeu e foi possível fazer ali mesmo o pedido, que chegou na sua porta logo depois. Aquela situação era o resultado de anos para mostrar como a experiência do pagamento pode ser mais simples e integrada, em um só lugar.

Com isso, as soluções que o app oferece para o dia a dia de todo mundo ficam cada vez mais diversas, criativas e inovadoras.

Cultura organizacional: no que acredita quem faz o PicPay

Para chegar até hoje com o crescimento que teve, o PicPay aposta em uma cultura organizacional forte, que está presente em todos que fazem parte do trabalho de bastidores para inovar cada vez mais no app e trazer soluções para o dia a dia dos brasileiros.

Entre os sete valores que regem a cultura do PicPay, Chamon destaca quatro que, para ele, são os mais marcantes na trajetória até aqui. 

Atitude de dono: “Isso era muito forte especialmente no começo. A gente só pensava em uma coisa: fazer o PicPay dar certo. 100% do tempo e energia eram dedicados a isso”.

Determinação: “Tínhamos uma fé quase inabalável de que o aplicativo ia dar certo. Quando os obstáculos começaram a aparecer, a pergunta era ‘como eu contorno esse obstáculo?’. Todos são orientados a resolver problemas, mas sempre sabendo não misturar determinação e teimosia.”

Simplicidade: “Simplicidade é tudo, inclusive no aplicativo PicPay. Não é fácil fazer o simples, fácil mesmo é fazer o complexo. Construir a melhor experiência, sem atritos, é o mais difícil.”

Humildade: “Era só olhar nosso exemplo para ver que não tinha esse negócio de vaidade entre a gente”.

Já Stehling, também cofundador do PicPay, concorda e ainda destaca uma crença que é como um mantra, repetido diariamente desde que os dois começaram a empreender juntos: “Nada resiste ao trabalho, não interessa o tamanho do desafio. Acreditamos na força do trabalho”, aponta.

E é assim que, em 2022, o PicPay completa dez anos. O sonho, segundo Chamon, sempre foi construir algo para impactar o máximo de pessoas possível. E ele acredita que esse impacto ainda será muito maior.

Quer continuar fazendo parte desta história? Não deixe de acompanhar as novidades sobre o aplicativo e tudo de mais importante que acontece na empresa.

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