O que é Demonstrativo de Evolução da Dívida no consignado?

Veja o significado do Demonstrativo de Evolução da Dívida, em quais situações ele pode ser útil e como acessá-lo

05 de abril de 2024

O empréstimo consignado é uma operação financeira com uma série de nomenclaturas específicas e o Demonstrativo de Evolução da Dívida (DED) é uma delas.

Nesse caso, é mais comum se deparar com o DED ao solicitar uma portabilidade de empréstimo. 

De todo modo, para não ficar perdido se e quando isso acontecer, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o tema ao longo deste artigo.

O que é DED? 

DED é a sigla para Demonstrativo de Evolução da Dívida, um relatório emitido por instituições financeiras que contém todos os detalhes sobre o andamento do empréstimo consignado. 

Pense no DED como uma fotografia da situação atual do seu empréstimo, normalmente solicitada quando o interesse em transferir ou quitar a dívida é manifestado.

Leia mais: Tudo que você precisa saber para quitar empréstimo consignado

Isso porque o documento é datado no momento em que é emitido, motivo pelo qual pode ser necessário solicitá-lo duas vezes. Assim, é possível garantir dados atualizados.

Quais são as informações da carta DED?

As informações disponíveis na carta DED podem variar de acordo com a instituição financeira, tanto quanto o formato do relatório.

No geral, estas são as principais:

Se você tiver mais de um contrato de empréstimo em andamento, será preciso pedir separadamente.

Para que serve o DED?

Já trouxemos mais acima a informação de que a portabilidade de empréstimo e a quitação antecipada são as situações mais comuns em que o Demonstrativo de Evolução da Dívida se faz necessário. 

Para além deles, o extrato também pode ser útil durante a declaração do Imposto de Renda.

Portabilidade de empréstimo consignado

A portabilidade é a transferência da dívida de um banco para outro que ofereça condições mais vantajosas. 

É um procedimento de duas etapas: a quitação do contrato antigo do consignado e a elaboração de um novo.

O Demonstrativo de Evolução da Dívida é relevante na primeira etapa, em que a nova instituição financeira paga o contrato em andamento. Para saber exatamente o valor pendente, é preciso consultar o DED.

Depois que a dívida é quitada, o futuro banco faz uma nova contratação de empréstimo, com condições diferentes. Em alguns casos, o troco – dinheiro extra, como se fosse um novo consignado – é liberado na mesma operação.

Lembre-se que a portabilidade é um direito de quem tem um empréstimo consignado e, portanto, pertence a um dos grupos elegíveis para a modalidade (servidores públicos, trabalhadores de empresas privadas e beneficiários do INSS).

Leia mais: Quem pode fazer empréstimo consignado?

Além disso, também é um requisito da portabilidade ter margem consignável livre e de 15% a 30% do contrato quitado. Outras exigências podem entrar na lista, a depender do banco escolhido.

No PicPay, a portabilidade de consignado está disponível para aposentados, pensionistas e pessoas que recebem BPC, com margem livre e ao menos 30% do contrato quitado.

Quitação antecipada de empréstimo

Entende-se por quitação antecipada o pagamento das parcelas em aberto antes do prazo previsto no contrato.

É um direito do consumidor adiantar parte ou todas as prestações que ainda não venceram. Quando isso acontece, os juros das parcelas futuras são descontados e o resultado é a dívida menor. 

Para fazer uma quitação antecipada, é necessário entrar em contato com a instituição financeira e fazer o pedido. 

Nesse momento, o Demonstrativo de Evolução da Dívida é fundamental, pois ele contém informações sobre o saldo devedor, isto é, quanto do contrato ainda é devido.

A partir desses dados, a instituição gera um boleto para pagamento, com o desconto dos juros.

Em até cinco dias úteis após a compensação do boleto, o contrato é desaverbado – ou seja, desvinculado da renda mensal, para que os descontos automáticos sejam interrompidos  –  e a margem antes comprometida com as parcelas é liberada. 

Declaração do Imposto de Renda

É comum recorrer ao informe de rendimentos para o preenchimento da declaração do Imposto de Renda, mas você sabia que o Demonstrativo de Evolução da Dívida também pode ser utilizado?

O documento contém as principais informações necessárias, como detalhes sobre o valor total da dívida, o que já foi pago e ainda é devido, entre outras informações relevantes para prestar contas à Receita Federal.

Lembre-se que todo e qualquer tipo de empréstimo a partir de R$ 5 mil deve ser declarado. Caso tenha mais de um, será preciso fazer a declaração individual, no trecho “Dívidas e Ônus reais”. 

Leia mais: Programa IRPF: como baixar e fazer a declaração

Como solicitar DED bancário?

O Demonstrativo de Evolução da Dívida deve ser solicitado diretamente à instituição financeira em que o contrato está em andamento.

Consultar o DED é um direito de todos os consumidores que contratam consignado e as instituições são obrigadas a compartilhar o relatório em até cinco dias úteis.

Dúvidas relacionadas

Saiba dos detalhes sobre a DED a seguir, com esclarecimentos para perguntas que envolvem o tema.

Extrato de evolução da dívida e Demonstrativo de Evolução da Dívida são a mesma coisa?

O Demonstrativo de Evolução da Dívida é um tipo de extrato, portanto, ambos se referem ao documento com informações detalhadas sobre o andamento do consignado e podem ser considerados sinônimos.

Qual a diferença entre saldo devedor e DED?

O saldo devedor é a parte do consignado que ainda não foi paga ao banco.

Uma pessoa que contratou R$ 10 mil de empréstimo e já quitou R$ 6 mil, ainda terá R$ 4 mil de saldo devedor.

Já o Demonstrativo de Evolução da Dívida é um tipo de documento que reúne várias informações, inclusive o saldo devedor do consignado.

Ou seja, o saldo devedor é uma informação que consta no DED, que é um extrato completo sobre o empréstimo.

Qual o desconto para a quitação do empréstimo consignado?

O desconto para a quitação do empréstimo consignado é referente ao valor dos juros mensais.

Logo, é preciso saber quanto você paga de juros nas parcelas, multiplicar pelas parcelas faltantes. Depois, é necessário subtrair o valor total das parcelas em aberto, pelo total de juros dessas prestações.

Leia mais: Como calcular juros de empréstimo?

Para obter valores mais precisos, recomenda-se o contato com a instituição financeira, que faz o cálculo no sistema e gera um boleto com o valor atualizado.

Agora que você já sabe o que é e como funciona o DED, veja outros artigos do Blog do PicPay com informações que impactam o seu bolso.

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