Renda fixa e renda variável: entenda as diferenças
Confira neste guia as principais informações sobre renda fixa e renda variável e escolha o melhor caminho para seus investimentos
14 de julho de 2023
Para quem ainda não está tão habituado com o mundo dos investimentos, os termos renda fixa e renda variável podem parecer confusos em um primeiro momento.
As duas opções são caminhos que você pode escolher seguir na hora de aplicar o seu dinheiro.
Apesar de diferentes, a renda fixa e variável muitas vezes se tornam complementares em uma carteira de investimentos.
Se você está pensando em começar a investir para fazer o seu dinheiro render, entender como esses conceitos funcionam pode ser o pontapé inicial.
E acredite: você não estará sozinho. A B3 (bolsa de valores brasileira) atingiu em 2022 a marca de 17,2 milhões de investidores pessoas físicas. É muita coisa, não é mesmo?
Para te ajudar a entender cada termo e saber qual a diferença entre renda fixa e variável, preparamos este conteúdo completo! Siga a leitura!
O que é renda fixa?
O investimento em renda fixa é uma das modalidades utilizadas para fazer movimentações no mercado financeiro e é conhecida, principalmente, pela segurança.
Se você está procurando uma forma de fazer o seu dinheiro render e não pretende correr grandes riscos nas operações, essa pode ser uma boa opção.
Investimentos em renda fixa são aplicações em que você empresta dinheiro a uma instituição financeira, governo ou empresa em troca de uma remuneração fixa pré-determinada.
Essa remuneração pode ser paga de forma periódica (juros) e/ou no vencimento do investimento (principal + juros).
Diferente dos investimentos em renda variável, os investimentos em renda fixa oferecem maior segurança, pois são baseados em contratos que determinam as condições do empréstimo, incluindo a taxa de juros e o prazo.
Dessa forma, você tem uma ideia melhor de quanto o seu dinheiro vai render enquanto ficar aplicado. Existem duas modalidades: os pré-fixados e os pós-fixados.
Nos pré-fixados, você sabe previamente a taxa de retorno que será recebida ao final do período de investimentos.
Já nos pós-fixados, a taxa de juros está atrelada a algum índice ou referência do mercado financeiro, que pode oscilar.
As principais opções de investimento em renda fixa são:
- Tesouro Direto: são títulos públicos emitidos pelo Governo Federal.
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): são títulos emitidos por bancos com o intuito de arrecadar fundos.
- LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio): são títulos emitidos para financiar o setor imobiliário e o agronegócio, respectivamente.
- Debêntures: são títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto na bolsa de valores, geralmente com o intuito de financiar projetos específicos.
- Letras de câmbio: são títulos emitidos por financeiras interessadas em captar recursos.
- CRIs e CRAs (Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio): são títulos emitidos por companhias securitizadoras e que representam crédito imobiliário e do agronegócio, respectivamente.
O PicPay, ecossistema financeiro completo, oferece várias opções de investimentos dentro do app. Além da conta com melhor rendimento automático, de 102% do CDI, você encontra:
- Cofrinhos, em que o seu dinheiro rende enquanto ficar guardado para algum objetivo;
- CDBs para planos a médio e longo prazo.
Leia mais: Quanto rende 20 reais no PicPay ou outros valores?
Quais são os benefícios da renda fixa?
Agora que você já sabe o que são investimentos de renda fixa, vamos mostrar também quais são os principais benefícios desse formato de aplicação financeira.
Se você é uma pessoa que preza pela paz e tranquilidade nos seus investimentos, a renda fixa pode ser uma boa alternativa, já que as chances de você ter uma dor de cabeça são menores.
Segurança e previsibilidade são as palavras-chave dos investimentos em renda fixa. Outro ponto positivo é a grande variedade de produtos que existem nessa categoria.
De preferência com ajuda de um consultor financeiro, você pode escolher entre muitas opções o que faz mais sentido – e, claro, o que deve te trazer um retorno mais positivo.
Na renda fixa, os juros podem não ser tão altos, mas garantem que o dinheiro siga crescendo e você não tenha qualquer tipo de preocupação com isso.
Leia mais: Investimento em renda fixa tem risco?
Ou, como diz o ditado popular, devagar e sempre. Cuidado com o próprio dinheiro e a garantia de rendimentos no futuro. Confira abaixo outras vantagens do investimento em fixa:
Segurança: Por terem retorno e condições de pagamento pré-determinados, os investimentos em renda fixa oferecem maior segurança em comparação com investimentos de renda variável.
Liquidez: Dependendo do tipo de investimento em renda fixa escolhido, é possível encontrar opções com alta liquidez, ou seja, que permitem resgatar o dinheiro investido a qualquer momento, sem grandes penalidades.
Diversificação: Os investimentos em renda fixa são uma forma de diversificar a carteira de investimentos, reduzindo os riscos e aumentando a estabilidade do patrimônio.
Acessibilidade: Existem investimentos em renda fixa para todos os perfis de investidores, com valores mínimos acessíveis, o que possibilita a participação de um maior número de pessoas nesse mercado.
Se você ainda está aprendendo a investir, confira esta lista com 10 filmes que falam sobre dinheiro e investimentos.
O que é renda variável?
A renda variável também é uma categoria de possíveis investimentos que você pode fazer no mercado financeiro.
É uma modalidade que pode garantir lucros bem maiores do que na renda fixa, mas, ao mesmo tempo, os riscos também aumentam.
Contudo não dá para negar que é uma opção desafiadora. Tudo pode depender das condições do mercado – que é influenciado por diversas outras variáveis.
Diferentemente da renda fixa, os investimentos preveem aproveitar oportunidades e oscilações de mercado. Por isso, nunca é possível saber quanto exatamente irá ganhar em um período.
Ao investir em renda variável, você está adquirindo ativos que estão sujeitos a mudanças constantes de preço, como ações de empresas, fundos imobiliários, commodities, moedas estrangeiras, entre outros.
Os ganhos dependem do desempenho dos ativos e da sua habilidade em tomar decisões estratégicas com base em análises do mercado financeiro.
O principal problema é: você também não consegue antecipar as perdas. E elas naturalmente podem acontecer, mesmo que depois sejam minimizadas e recuperadas.
As formas de investimento mais comuns na renda variável são:
- Ações: são títulos que garantem ao investidor participação no capital de uma empresa.
- ETFs (Exchange Traded Funds): é um investimento negociado na bolsa e que prevê refletir a carteira e rentabilidade de alguns índices.
- Fundos Imobiliários: são fundos que investem em grandes empreendimentos imobiliários. É como se você adquirisse pequenas cotas de um imóvel.
- Commodities: são investimentos realizados em bens primários, como ouro, petróleo, café e soja, entre outros.
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts): são certificados emitidos por empresas estrangeiras e negociados no Brasil.
Quais são os benefícios da renda variável?
Investir em renda variável não significa que você sofrerá todos os dias pelas quedas e volatilidade do mercado. Mas a verdade é que isso pode acontecer e você precisa estar preparado.
Por outro lado, os ganhos podem ser muito mais significativos do que as aplicações realizadas no mar tranquilo da renda fixa.
Então, se estiver pronto para encarar o mercado e tudo de bom (e ruim) que ele pode oferecer, a aposta em renda variável pode te garantir um final feliz – e muito lucrativo.
Para te ajudar a pensar melhor sobre as boas opções de renda variável, preparamos uma lista com alguns dos pontos positivos dessa modalidade:
Grandes lucros: possibilidades muito maiores do que a renda fixa de garantir a multiplicação do seu próprio patrimônio, ainda que isso esteja atrelado a alguns riscos.
Acesso a empresas promissoras: você pode adquirir ações de empresas com grande potencial e depois, se darem certo, surfar na onda da lucratividade sem grande esforço.
Liquidez: como boa parte dos ativos de renda variável são negociados na bolsa de valores, existe grande facilidade para comprar e vender.
Dividendos de empresas: muitas empresas dividem parte de seu lucro com seus acionistas, até como forma de incentivar que mais gente siga pelo mesmo caminho.
Diversificação: ao investir em renda variável, você tem a oportunidade de diversificar sua carteira, adquirindo diferentes tipos de ativos e distribuindo os riscos. Isso pode ajudar a reduzir a exposição a uma única classe de investimento.
Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
A principal diferença entre renda fixa e renda variável está no risco que você está disposto a correr para tentar ter rendimentos maiores.
A escolha entre renda fixa e renda variável depende do seu perfil de investidor, objetivos financeiros e tolerância ao risco.
Se prefere jogar no time dos mais cautelosos, a renda fixa pode ser a melhor escolha. É com ela que você saberá quanto investir e quanto terá de retorno e um período certo de cada aplicação.
Mas se você for mais ousado e quiser mergulhar de cabeça na renda variável e a possível volatilidade do mercado, seja bem-vindo ao mundo de riscos e recompensas.
As duas opções possuem pontos positivos e negativos, como já puderam observar ao longo deste guia. Por isso, é importante que sempre seja aconselhado por um profissional da área para orientar sobre as melhores decisões.
Como escolher entre renda fixa e renda variável?
Ao decidir entre renda fixa e renda variável, é fundamental considerar diversos fatores que podem influenciar o desempenho e os resultados dos seus investimentos.
Abaixo, destacamos os principais aspectos que você deve levar em consideração ao escolher entre renda fixa e renda variável.
1. Perfil de investidor
Antes de escolher entre renda fixa e renda variável, é importante conhecer seu perfil de investidor. Você se considera conservador, moderado ou arrojado?
Investidores mais conservadores geralmente preferem a segurança e a previsibilidade da renda fixa, enquanto investidores mais arrojados estão dispostos a assumir maiores riscos em busca de retornos mais expressivos, optando pela renda variável.
2. Objetivos financeiros
Outro fator crucial é ter clareza sobre seus objetivos financeiros. Você está investindo para curto prazo, médio prazo ou longo prazo?
Se você precisa do dinheiro em um prazo mais curto e busca segurança, a renda fixa pode ser mais adequada.
No entanto, se seus objetivos são de longo prazo e você busca potencial de crescimento maior, a renda variável pode oferecer melhores oportunidades.
3. Tolerância ao risco
Avalie sua tolerância ao risco. A renda variável é conhecida por sua volatilidade e oscilações de preço.
Você está disposto a lidar com a possibilidade de perdas temporárias em busca de ganhos maiores? Ou prefere evitar grandes flutuações e manter seu investimento mais estável?
A resposta a essas perguntas ajudará a determinar qual modalidade é mais adequada para você.
4. Conhecimento e educação financeira
Investir em renda variável exige maior conhecimento e educação financeira. É essencial compreender como funciona o mercado de ações, fundos imobiliários, commodities, entre outros ativos da renda variável.
Caso não se sinta confortável com análises de mercado e tomada de decisões mais complexas, a renda fixa pode ser uma opção mais simples e segura.
5. Diversificação da carteira
Considere a diversificação da sua carteira de investimentos. A diversificação é uma estratégia importante para reduzir riscos e maximizar oportunidades.
Ao combinar renda fixa e renda variável em sua carteira, você pode equilibrar segurança e potencial de crescimento, mitigando o impacto de variações negativas em um único tipo de investimento.
Dúvidas comuns sobre renda fixa e renda variável
Se você ainda continua com dúvidas sobre o tema, preparamos uma lista com perguntas e respostas comuns que podem te ajudar.
Posso investir em renda fixa e variável ao mesmo tempo?
Sim – e possivelmente é isso que o seu consultor financeiro irá sugerir.
De modo geral, o mais indicado para carteiras de investimento por profissionais da área é justamente a união entre aplicações de renda fixa e variável.
Então você pode deixar a indecisão para outra hora, porque não será uma escolha drástica para um dos lados.
Claro que você terá mais tendência para um ou outro perfil, mas poderá aproveitar os benefícios das duas alternativas.
CDI é renda fixa ou variável?
Agora que você já sabe o que são renda fixa e renda variável, podemos avançar um pouco mais no assunto.
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) costuma gerar dúvidas nos novos investidores e você pode estar se perguntando: afinal, CDI é renda fixa ou variável?
A resposta é que o CDI é o principal índice de rentabilidade das aplicações de renda fixa.
Por isso, é vinculado aos investimentos de renda fixa.
Na prática, o CDI é um título emitido por uma instituição financeira (um banco ou uma corretora, por exemplo) para tomar dinheiro emprestado de outra instituição.
Ele serve para os bancos captarem recursos junto a outros bancos – uma espécie de empréstimo entre eles.
Isso acontece porque as instituições financeiras são obrigadas a fechar todos os dias com o caixa positivo. É uma norma do Banco Central.
Porém, é comum que as operações bancárias terminem no vermelho, ou seja, negativas. Pode acontecer por diversos fatores, como o número de saques ser maior do que o de depósito em um dia específico.
Assim, os bancos precisam recorrer a empréstimos entre si para encerrarem o dia “no azul”. São operações de curtíssimo prazo, com prazo de pagamento de um dia útil.
São cobrados juros nessas transações, e essa taxa é justamente o CDI. Ela é calculada diariamente com base nas movimentações realizadas no mercado interbancário, e serve de referência para diversas outras operações financeiras.
Portanto, o CDI não é um investimento em que você pode colocar seu dinheiro. Na verdade, é um índice utilizado para calcular o retorno de outros investimentos.
Como inflação e Selic impactam no CDI?
Tanto inflação quanto Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, possuem impacto direto no CDI – e é muito importante que você esteja atento a isso.
A Selic é a taxa básica de juros do país, e seu aumento geralmente acontece para conter a inflação.
E como isso afeta o CDI? É simples. O CDI costuma estar próximo da Selic. Isso acontece porque os bancos utilizam o índice como referência para emprestar dinheiro entre si.
Quando a Selic aumenta, o CDI tende a acompanhar e seguir o mesmo caminho. Portanto, quando isso acontece, os investimentos atrelados ao CDI, como alguns tipos de CDBs, são impactados diretamente e também costumam aumentar.
No caso da inflação, você pode sofrer consequências de seu aumento. Quando o índice está alto, o rendimento real dos investimentos pode ser afetado.
Ou seja, se os rendimentos dos investimentos não acompanharem o aumento dos preços, o seu poder de compra é diminuído – e muitas vezes você não vai perceber isso a curto prazo.
Por isso, é importante avaliar o estágio da inflação ao calcular os ganhos proporcionados por investimentos atrelados ao CDI.
Agora que você já sabe tudo sobre renda fixa e renda variável, acesse nossa editoria de planejamento financeiro e confira mais informações sobre como valorizar o seu próprio dinheiro.