O Produto Interno Bruto, mais conhecido pela sigla PIB, é um dos indicadores econômicos mais importantes para medir a atividade econômica de um país. A cada três meses, é divulgado também o PIB do trimestre.

Quer saber mais sobre o tema e ver a análise da última divulgação de PIB no Brasil? Então siga a leitura.

O que é PIB?

Em resumo, o PIB representa o valor total de bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo dentro

No Brasil, o cálculo do PIB é uma peça central na avaliação da saúde econômica do país e é divulgado trimestralmente e anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O método mais utilizado para calcular o PIB é o da despesa, que considera os gastos realizados em quatro grandes categorias:

Consumo das famílias: Refere-se aos gastos dos consumidores com bens e serviços, como alimentação, moradia, saúde, educação, entre outros.

Investimentos: Incluem os gastos das empresas em máquinas, equipamentos, construção civil, além dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Gastos do governo: Englobam os investimentos realizados pelo governo em infraestrutura, saúde, educação, segurança, entre outros.

Saldo da balança comercial: Representa a diferença entre as exportações e importações do país, ou seja, as transações comerciais com outras nações.

O PIB é calculado a partir da soma de todos esses componentes, além de considerar ajustes referentes a impostos e subsídios.

De acordo com o IBGE, o PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar a dupla contagem. 

“Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.”

Como falamos acima, o cálculo do PIB é feito em dois recortes diferentes de tempo: trimestralmente e anualmente. 

Os resultados trimestrais fornecem uma visão mais detalhada sobre a evolução da economia ao longo do tempo, enquanto os resultados anuais permitem uma análise mais abrangente e comparativa.

Além disso, o PIB brasileiro é classificado em três setores principais:

Setor Primário: Engloba a agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e pesca.

Setor Secundário: Inclui a indústria, englobando a transformação de matérias-primas em produtos acabados.

Setor Terciário: Abrange os serviços, como comércio, educação, saúde, turismo, entre outros.

Se você quiser saber mais a respeito do tema, confira o nosso conteúdo completo sobre o que é PIB e qual sua relação com o crescimento econômico.

Qual é a importância do PIB?

O PIB é uma medida crucial para entender o crescimento econômico de um país. Ele influencia políticas governamentais, tomadas de decisão de investidores e até mesmo o comportamento dos consumidores. 

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Um aumento no PIB geralmente está associado a um aumento na renda nacional, melhoria no padrão de vida e maior oferta de empregos.

No Brasil, o acompanhamento trimestral e anual do PIB fornece insights cruciais para orientar políticas econômicas e estratégias de investimento, impactando diretamente a vida dos cidadãos e o desenvolvimento nacional.

Embora seja um indicador importante, o PIB tem limitações. Ele não considera fatores como distribuição de renda, qualidade de vida, impactos ambientais e trabalho não remunerado, como atividades domésticas. 

Por isso, é essencial analisar outros indicadores complementares para uma avaliação mais completa da situação econômica e social de um país.

Análise do PIB do 1º tri de 2025

Por Igor Cadilhac, economista do PicPay.

O levantamento mais recente do IBGE mostra que o PIB cresceu 1,4% no 1T25 em relação ao 4T24, já descontados os efeitos sazonais do período. Na comparação anual, a economia iniciou o ano com uma expansão de 2,9% frente ao mesmo trimestre de 2024. O resultado veio abaixo das expectativas, tanto das nossas projeções quanto das estimativas de mercado, que apontavam um avanço de 1,5%.

Pelo lado da oferta, com exceção da indústria (-0,1%), os demais setores apresentaram crescimento na margem. O grande destaque foi a agropecuária, que representa cerca de 7% da economia brasileira e se beneficiou de uma safra sazonal recorde, avançando 12,2%. Já os serviços — setor de maior peso no PIB — cresceram 0,3%, impulsionados pelo mercado de trabalho aquecido.

Pelo lado da demanda, os sinais também foram positivos, refletindo um ambiente doméstico aquecido. Os investimentos surpreenderam positivamente, com alta de 3,1%. O consumo das famílias avançou 1%, enquanto o consumo do governo permaneceu praticamente estável (0,1%). Por outro lado, o setor externo teve contribuição negativa, devido ao aumento das importações (5,9%) e à queda das exportações (2,9%).

Para o próximo trimestre, nosso cenário base segue apontando um bom momento para a atividade econômica brasileira, sustentado por um mercado de trabalho em pleno emprego e por uma massa salarial robusta. No entanto, a combinação de inflação persistente, juros elevados e consequente aperto das condições financeiras deve pesar sobre o desempenho da economia. Nesse contexto, a desaceleração não apenas se torna inevitável, como também necessária para a correção dos desequilíbrios atuais.

Assim, projetamos uma desaceleração moderada ao longo do ano, com crescimento do PIB estimado em 2,2% para 2025 — sustentado, em grande medida, pelo elevado carrego estatístico e pelo bom desempenho de setores exógenos, como o agronegócio e a indústria extrativa. A partir do segundo trimestre, contudo, esperamos que a desaceleração se intensifique, aumentando o risco de estagnação.

Você gosta de ficar por dentro de todos os indicadores que impactam os mercados? Acompanhe a nossa editoria de análises econômicas e não perca nada.

Qual é o PIB do Brasil?

TrimestrePIB
1º trimestre de 2025R$ 3,00 trilhões
4º trimestre de 2024R$ 3,10 trilhões
3º trimestre de 2024R$ 3,00 trilhões
2º trimestre de 2024R$ 2,90 trilhões
1° trimestre de 2024R$ 2,70 trilhões
4º trimestre de 2023R$ 2,80 trilhões
3º trimestre de 2023R$ 2,74 trilhões
2º trimestre de 2023R$ 2,70 trilhões
1º trimestre de 2023R$ 2,58 trilhões
4º trimestre de 2022R$ 2,64 trilhões
3º trimestre de 2022R$ 2,60 trilhões
2º trimestre de 2022R$ 2,51 trilhões
1º trimestre de 2022R$ 2,31 trilhões

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