Um golpe envolvendo uma suposta “indenização da Serasa” circulou nas redes sociais brasileiras nos últimos meses. 

Vídeos e postagens alegavam que a Serasa teria sido condenada a pagar uma indenização de R$30 mil a cada brasileiro. Vire e mexe golpes como esse aparecem por aí, mas essa promessa associada ao Serasa é falsa. Vamos esclarecer como funciona essa fraude e como você pode se proteger.

Existe indenização do Serasa?

Não, o Serasa não oferece nenhuma indenização. A promessa de um pagamento de R$30 mil para os brasileiros é falsa e não há qualquer condenação judicial que obrigue a empresa a realizar esse tipo de pagamento.

O nome da empresa é utilizado por golpistas para passar credibilidade e atrair pessoas, fazendo com que elas acreditem estar recebendo uma compensação financeira, quando, na verdade, estão sendo vítimas de um dos muitos golpes financeiros atuais.

Por que a indenização do Serasa é golpe?

Os criminosos usam técnicas avançadas para simular situações que parecem reais. Inclusive, vídeos adulterados com inteligência artificial mostram jornalistas conhecidos falando sobre a suposta indenização. 

Essas imagens foram manipuladas para parecerem legítimas, mas tratam-se de fraudes criadas para dar credibilidade à falsa oferta de dinheiro.

A promessa de uma indenização alta e de fácil obtenção é um dos truques mais antigos e eficazes dos golpistas, que exploram o desejo das pessoas por uma solução rápida. 

No entanto, quem cai nesse golpe acaba, na verdade, com prejuízos.

O Serasa oferece algum tipo de indenização?

Não. O Serasa é uma empresa que fornece serviços de consulta e análise de crédito, mas não realiza pagamentos de indenizações a seus usuários. Qualquer mensagem ou ligação que informe o contrário é falsa e deve ser ignorada.

Como funciona o golpe da indenização do Serasa

Os criminosos têm aprimorado suas estratégias, utilizando tecnologias como inteligência artificial para criar vídeos falsos, nos quais apresentadores de TV discutem a suposta indenização. 

Esses vídeos manipulados parecem reais, mas foram adulterados a partir de conteúdos legítimos, alterando o tema original para enganar as pessoas.

Leia mais: Como manter a segurança de dados pessoais na internet?

Veja como funcionam as ferramentas usadas no golpe.

  • Vídeos e postagens falsas: golpistas compartilham conteúdos falsos sobre a indenização em redes sociais como Facebook, Instagram e TikTok.
  • Links maliciosos: as postagens geralmente incluem um link que parece legítimo, mas redirecionam a vítima para um site fraudulento e de endereço suspeito, como “indeniza-me.com”, que tenta se passar por um site oficial do Serasa.
  • Solicitação de dados pessoais: no site falso, a vítima é induzida a inserir seu número de CPF, com a promessa de receber o dinheiro da indenização.
  • Taxa falsa: o golpista, então, solicita o pagamento de uma suposta “taxa transacional” para liberar a indenização. É neste momento que o golpe se concretiza, e o consumidor perde dinheiro ao pagar por uma taxa que não existe.

Como se proteger de fraudes?

Com a sofisticação dos golpes, é importante adotar práticas de segurança digital para não cair em armadilhas. Veja algumas dicas.

  • Desconfie de promessas de dinheiro fácil: nenhuma empresa ou instituição oferece grandes somas de dinheiro de forma simples e sem esforço. Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é fraude.
  • Verifique a origem das mensagens: antes de clicar em links ou fornecer dados, sempre verifique a veracidade da informação. Golpistas usam imagens e vídeos falsos para dar credibilidade, mas uma pesquisa rápida pode evitar a fraude.
  • Cheque URLs e sites: sites fraudulentos costumam ter endereços que se assemelham aos de empresas legítimas, mas com pequenas alterações. Verifique cuidadosamente o endereço antes de clicar em qualquer link.
  • Desconfie de pedidos de dados pessoais: empresas sérias dificilmente solicitam dados sensíveis ou pagamentos por meio de mensagens ou links.
  • Consulte os canais oficiais: sempre busque informações diretamente nos canais oficiais das empresas antes de realizar qualquer ação.

No Blog do PicPay, você encontra diversos conteúdos sobre segurança digital e outras dicas para manter suas transações online seguras.

Dúvidas comuns

Confira outras informações sobre o golpe da indenização do Serasa.

O Serasa liga ou envia mensagens pedindo dados pessoais?

O Serasa não solicita dados pessoais nem oferece indenizações por telefone ou redes sociais. A empresa também não envia cobranças ou ofertas de crédito pelo WhatsApp. Se você receber mensagens desse tipo, não forneça suas informações.

Por outro lado, o Serasa pode enviar mensagens para alertar sobre movimentações no CPF ou CNPJ, como novas dívidas e negativações. Quando receber e-mails, certifique-se de que são dos domínios oficiais @mail.serasa.com.br ou @news.serasa.com.br. 

Já as mensagens são enviadas por um destes números: 25562, 28525, 29697 e 29698.

Caí no golpe da indenização do Serasa, o que fazer?

Se você foi vítima do golpe, siga os seguintes passos.

  • Entre em contato com seu banco para bloquear contas e cartões, se você tiver fornecido alguma informação sensível sobre eles;
  • Registre um boletim de ocorrência e relate o golpe para as autoridades competentes – o processo pode ser feito online;
  • Denuncie a fraude aos órgãos de proteção ao consumidor e procure um especialista em segurança digital.

O próprio Serasa possui uma ferramenta em que você pode enviar a URL de sites e redes sociais suspeitos, além de números de WhatsApp.

Indenização do Serasa é verdade ou é golpe?

É golpe. Não há nenhum processo ou decisão judicial que obrigue o Serasa a pagar indenizações. Toda mensagem ou vídeo que afirme isso é uma tentativa de fraude.

A falsa indenização do Serasa é apenas um dos muitos golpes que circularam pela internet. Com a tecnologia cada vez mais avançada, os criminosos têm se tornado sofisticados, fazendo com que seja essencial ficar atento para se proteger. 

Quer aprender mais sobre como evitar fraudes? Fique de olho no Blog do PicPay.

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